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Líderes europeus vão anunciar pacote de sanções mais duras à Rússia

Informação foi divulgada no início da tarde desta quinta-feira (24/2) pelo chefe da delegação da União Europeia no Brasil, Ignácio Ibañez

atualizado

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Dois tanques russos atravessam fronteira da Ucrânia em meio a cidade deserta - Metrópoles
1 de 1 Dois tanques russos atravessam fronteira da Ucrânia em meio a cidade deserta - Metrópoles - Foto: Sergei MalgavkoTASS via Getty Images

No início da tarde desta quinta-feira (24/2), o chefe da delegação da União Europeia (UE) no Brasil, Ignácio Ibañez, fez um pronunciamento sobre a escalada dos ataques russos à Ucrânia, que começaram nesta manhã, e prestou solidariedade ao país do Leste Europeu.

Em frente à embaixada da Ucrânia, localizada na QI 5 do Lago Sul, o representante da entidade também informou que os líderes dos conselhos europeus vão se reunir, às 16h do horário de Brasília, para avaliar a situação dos ataques e, após o encontro, podem anunciar novo pacote de sanções mais incisivas à Rússia.

Segundo o representante europeu, a UE já adotou uma série de sanções em retaliação à investida russa no Leste Europeu.

“A UE adotou um pacote de sanções individuais contra pessoas que têm contribuído com este reconhecimento [militar russo]. Também baixou restrições contra entidades, sobretudo do setor financeiro ─ bancos e entidades financeiras estão proibidas de operar no mercado financeiro”, informa.

O Metrópoles realizou uma transmissão ao vivo para explicar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Veja:

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Ataque com mísseis
Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque
BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022
Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia

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Ataque com mísseis

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Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque

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BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022

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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

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24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia

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Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia

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Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira

Mikhail Svetlov/Getty Images
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CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

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Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Embaixada da Rússia em Brasília

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Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

O comunicado de Ibañez foi confirmado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Ele discutiu com a União Europeia a aplicação de um novo pacote de sanções à Rússia. Segundo o líder do Executivo ucraniano, todos os detalhes foram acertados com o presidente francês, Emmanuel Macron. Zelensky demanda que a “desconexão” da Rússia com a Swift (órgão que processa transações financeiras entre países) seja “rápida”, que seja introduzida uma “zona sem voo” sobre a Ucrânia e que sejam implementadas outras medidas “efetivas” a fim de parar o país agressor.

Ainda durante o breve comunicado, Ibañez também manifestou solidariedade à Ucrânia e reforçou que a UE está se aproximando de parceiros internacionais em busca de apoio. “Também estamos nos aproximando de nossos parceiros, como os EUA, e queremos fazer isso também com o Brasil. O país é membro do Conselho de Segurança da ONU e esperamos também dele uma resposta nesta mesma direção”, admite.

“A UE está fazendo um chamado urgente, claro e forte para a Rússia retirar suas forças militares da região e deixar de atacar a Ucrânia. Esperamos que as decisões que a UE e outros parceiros internacionais irão adotar sirvam para que o país russo volte atrás e não siga nesta linha de ataque”, declara.

Ataques Russos

A Ucrânia afirma ter sofrido ao menos 203 ataques russos desde o início da invasão, na manhã desta quinta-feira (24/2). As informações foram divulgadas pelo Ministério de Defesa do país. As autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. No início da manhã, soldados russos teriam sido feitos prisioneiros.

 

Rompimento de relações entre os dois países

Ainda na manhã desta quinta, o ministro de Relações Exteriores ucraniano reforçou que o presidente russo, Vladimir Putin, colocou a Europa em seu momento mais “obscuro” desde 1939. Ele pede ajuda financeira e militar para a Ucrânia. Os dois países também cortaram relações diplomáticas.

Right now, Putin is plunging Europe into its darkest time since 1939. Any government hoping to sit this out is naïve. Don’t repeat mistakes of the past. Hit Russia with severe sanctions now. Help Ukraine with military and financial support. Together we can #StopRussianAggression.

— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022

Horas após o início das operações militares no leste da Ucrânia, determinadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques. Afirmou que 50 soldados russos foram mortos nos combates e seis aviões acabaram derrubados.

O Itamaraty se manifestou, no fim da manhã desta quinta-feira (24/2), sobre a invasão russa à Ucrânia. Segundo o comunicado, o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho e pede “suspensão imediata das hostilidades” na região. Veja comunicado na íntegra:

Ministério das Relações Exteriores
Departamento de Comunicação Social

Nota nº 30
24 de fevereiro de 2022

Situação na Ucrânia

O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.

Nota nº 31
24 de fevereiro de 2022

Brasileiros na Ucrânia

A Embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e dedicada, com prioridade, desde o agravamento das tensões, à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia. A Embaixada vem renovando o cadastramento dos brasileiros e tem-lhes transmitido orientações, por meio de mensagens em seu site (kiev.itamaraty.gov.br), em sua página no Facebook (https://www.facebook.com/Brasil.Ukraine) e em grupo do aplicativo Telegram (https://t.me/s/embaixadabrasilkiev).

Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam.

O Itamaraty disponibiliza, ainda, para casos de emergência consular de brasileiros na Ucrânia e seus familiares, o número de telefone de plantão consular +55 61 98260-0610.

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