Líderes do G7 se comprometem a apoiar Ucrânia “pelo tempo que for necessário”
Chefes de Estado que compõem o G7 fizeram contundente condenação à invasão russa ao território da Ucrânia e anunciaram novas sanções
atualizado
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Os líderes do G7 reunidos em Hiroshima, no Japão, divulgaram, neste sábado (20/5), um comunicado conjunto com contundente condenação à Rússia pela invasão ao território ucraniano. Além disso, prometeram manter “o suporte financeiro e o apoio humanitário, militar e diplomático que a Ucrânia necessita pelo tempo que for necessário”.
“Em nossa reunião de hoje em Hiroshima, nós, líderes do G7, reafirmamos nosso compromisso de nos mantermos unidos contra a guerra de agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra Ucrânia”, diz o texto (veja a íntegra, em inglês).
“Quinze meses de agressão da Rússia custaram milhares de vidas, infligiram imenso sofrimento ao povo da Ucrânia e colocaram em perigo acesso a alimentos e energia para muitas das pessoas mais vulneráveis do mundo”, segue o comunicado, que anuncia novas sanções econômicas contra o país governado por Vladimir Putin e avalia que a economia russa vem sofrendo as consequências dos bloqueios feitos desde a invasão.
“Nosso apoio à Ucrânia não vacilará. Não vamos descansar em nosso compromisso de mitigar o impacto das ações ilegais da Rússia no resto do mundo. Hoje, estamos tomando novas medidas para garantir que a agressão ilegal da Rússia contra o Estado soberano da Ucrânia falhe e para apoiar o povo ucraniano em sua busca por uma paz justa enraizada na respeito pelo direito internacional”, acrescentam os líderes.
A condenação à guerra nesses termos é uma conquista para o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que participa do encontro do G7 e chegou “de surpresa” ao Japão, onde se reuniu com líderes de vários países.
A Ucrânia pediu um encontro entre Zelensky e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também convidado para a cúpula do G7, mas ainda não há confirmação sobre a reunião.
Zelensky quer convencer Lula a aderir ao bloco europeu na oposição à guerra, pois o presidente brasileiro, assim como os líderes de outros países dos Brics, como China e Índia, adota uma posição um pouco diferente, que condena a invasão, mas tenta insistir em negociações que levem ao cessar fogo e à paz.
Lula discursou no G7 e defendeu reforma no Conselho de Segurança da ONU.