Líderes de Emirados Árabes e Arábia Saudita recusam ligações de Biden
EUA anunciou proibição da compra do petróleo russo para o país, e busca conter aumento do preço do barril com mais fornecimento de aliados
atualizado
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As tentativas de articulação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com os líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, não têm sido bem-sucedidas. De acordo com autoridades dos EUA, os pedidos de conversa por telefone foram negados nas últimas semanas.
A recusa para tratar de petróleo estaria relacionada, também, à guerra do Iêmen. Os dois países reclamam de falta de apoio de Biden para frear combatentes apoiados pelo Irã.
Biden anunciou, nesta terça-feira (8/3), a proibição de compra do petróleo russo. Para conter a disparada do preço, procuram soluções alternativas, como a aliada Arábia Saudita e até a rival Venezuela, outros grandes produtores.
O presidente dos EUA chegou a falar com o rei Salman, pai do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. O herdeiro enfrenta resistência internacional por ser considerado autoritário e forte repressor de opositores.
Ele é investigado, por exemplo, pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi na Turquia, em 2018. Os Emirados Árabes Unidos, junto aos sauditas, são os únicos capazes de aumentar em grande escala a produção de petróleo.
A estratégia busca controlar o preço do barril, que passou de US$ 130 depois de 13 anos. Um acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), porém, estaria dificultando a parceria com os EUA.