Líder do Hezbollah diz que ofensiva de Israel é “declaração de guerra”
Em primeiro discurso após ataques no Líbano, o líder do Hezbollah afirmou que ações são “declaração de guerra” de Israel contra o grupo
atualizado
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O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, comentou pela primeira vez os ataques cibernéticos no Líbano, e classificou as ações como uma “declaração de guerra”. A fala aconteceu durante discurso realizado nesta quinta-feira (19/9).
Até o momento, explosões de pagers e rádios walkie-talkies de membros do Hezbollah mataram 37 pessoas no Líbano. Mais de quatro mil pessoas ficaram feridas na ação, atribuída pelo grupo libanês ao governo de Israel.
Após o ataque e o deslocamento de tropas israelenses para a fronteira com o Líbano, Nasrallah prometeu que a ofensiva contra o território israelense só vai parar após o fim da guerra na Faixa de Gaza.
Na quarta-feira (19/9), o governo israelense anunciou estar entrando em uma “nova fase na guerra”, e moveu soldados rumo ao território libanês com o objetivo de “garantir o retorno seguro” de moradores do norte de Israel. Eles foram obrigados a deixar a região após o Hezbollah iniciar uma série de ataques na região, em apoio ao Hamas.
Nasrallah enfatizou que a “a única forma de devolver os colonos [israelenses]” para o norte de Israel é com o fim da “agressão contra a Faixa de Gaza e a Cisjordânia”.
Escalada
Desde o início da semana, o Oriente Médio vive a expectativa de uma guerra direta explodir entre Israel e Hezbollah, no Líbano.
Apesar de os dois lados trocarem agressões rotineiramente desde o início do conflito na Faixa de Gaza, as últimas movimentações do governo de Benjamin Netanyhu aumentaram ainda mais as tensões.
O Hezbollah acusa Israel de estar por trás dos ataques cibernéticos, ainda cercado de mistérios, que deixaram um rastro de sangue no Líbano.
Enquanto isso, o governo israelense fala em uma “nova fase da guerra”, e dá sinais de que uma invasão por terra contra o Líbano pode acontecer, dezoito anos após a guerra de 2006 que deixou mais de 1,3 mil pessoas mortas.