Líbano revida ataques de Israel pela primeira vez desde bombardeios
A resposta do Líbano ocorre após um soldado do Exército do país ser morto por ataque israelense a um posto militar na área de Bint Jbeil
atualizado
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As Forças Armadas libanesas revidaram os ataques israelenses pela primeira vez desde que Israel iniciou bombardeios no Líbano como forma de combater o grupo xiita Hezbollah. Segundo as Forças Armadas do Líbano, a reação ocorreu após um grupamento de Israel atacar o posto militar do Exército libanês e matar um de seus soldados nesta quinta-feira (3/10).
“Um soldado morreu depois que o inimigo israelense atacou um posto militar na área de Bint Jbeil, no sul, e os militares responderam com disparos”, informou o Exército libanês.
Além disso, na segunda-feira (30/9), um soldado do Exército do Líbano havia sido morto por ataque de drone israelense. O militar estava em uma motocicleta quando foi atingido em um posto de controle na região de Wazzani, no sul do país.
Até o momento, Israel vinha enfrentando integrantes do grupo xiita Hezbollah e o exército iraniano, visto que o sul do Líbano é dominado pelo grupo e é o local onde está a maioria dos soldados, das armas e dos mísseis.
O Hezbollah é patrocinado e financiado pelo Irã e ambas as forças armadas estão combatendo Israel; no entanto, o exército libanês deixou claro que não faz parte do conflito, e que os ataques foram feitos como autodefesa.
Analistas afirmam que o exército libanês se encontra desestruturado e enfraquecido após uma crise econômica e duas guerras, fato que o leva a sofrer com a falta de equipamentos e fundos; por isso, não conta com meios para enfrentar as forças armadas israelenses. No entanto, o Hezbollah, financiado pelo Irã, tem um arsenal bem superior ao do exército libanês.
O governo israelense vinha reforçando que os bombardeios e os ataques via terra no Líbano não têm como alvo o Estado libanês, mas, sim, estruturas específicas do Hezbollah dentro do país.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, os bombardeios de Israel ao país, em menos de duas semanas, deixaram 1.974 pessoas mortas e mais de 6 mil feridas. Dos mortos, 127 eram crianças.