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Líbano em chamas: brasileira tenta se recuperar de ataque israelense

Em meio à iminência de uma nova guerra no Líbano, brasileira tenta se recuperar de bombardeio israelense para retornar ao Brasil

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Foto colorida de Fátima Boussani e filhos - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Fátima Boussani e filhos - Metrópoles - Foto: Reprodução/Facebook

Mais de três meses após ser atingida por bombardeios, uma cidadã brasileira tenta se recuperar dos ferimentos e retornar ao Brasil em meio à escalada de violência no Oriente Médio que pode mergulhar o Líbano em uma nova guerra.

Fatima Boustani ficou gravemente ferida durante a ofensiva israelense, ficando internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por alguns dias.

Ao Metrópoles, um familiar revelou que, apesar de Fatima já ter recebido alta hospitalar, ela ainda segue realizando procedimentos médicos para se recuperar das sequelas do ataque. 

“A Fátima fez mais uma cirurgia para a perna dela, que ficou ferida durante o bombardeio”, afirma Hussein Ezzddein, primo do marido de Fatima.

Hussein esteve no Líbano recentemente, visitando familiares. Ele retornou ao Brasil no início desta semana, e relatou ter vivido momentos de medo e aflição no país, alvo de constantes bombardeios israelenses desde o início da guerra na Faixa de Gaza. 

“Eu vivi momentos terríveis lá. A situação está muito delicada, pois a guerra lá não está fácil”, revela Hussein.

No início desta semana, ataques contra o Hezbollah com pagers e walkie-talkies explosivos aumentaram ainda mais o temor de um novo conflito no Oriente Médio. O grupo libanês culpa Israel pela ação, que deixou mais de 40 mortos e cerca de 4 mil feridos, entre eles civis.

Nesta sexta (20/9), Israel voltou a atacar o que considera bases do grupo xiita, em subúrbios ao sul da capital Beirute. Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, pelos menos 14 pessoas morreram — entre elas crianças — e 59 ficaram feridas no ataque, incluindo um dos chefes do Hezbollah. O Hezbollah confirmou a morte de Ibrahim Aqil, ex-comandante do grupo, no ataque.

O governo israelense sinalizou que uma invasão terrestre pode acontece em breve no Líbano, ao ordenar que tropas se movessem rumo à fronteira com o Líbano.

Repatriação segue incerta

Apesar dos esforços da família, a repatriação de Fatima e dos quatro filhos ainda segue incerta.

Em junho, o Metrópoles teve acesso a uma nota enviada pela Embaixada do Brasil em Beirute para Ahmad Aidibi, marido e pais dos filhos de Fatima. No documento, a representação brasileira informou que a repatriação de cidadãos brasileiros que possuam dupla nacionalidade – como é o caso da mulher – e estejam em seus países de origem só acontece em “casos excepcionais”. 

Natural do Líbano, Fatima morou um tempo no Brasil, onde conseguiu a nacionalidade brasileira para ela e os quatro filhos. Ela retornou ao Oriente Médio há alguns anos.

O marido da líbano-brasileira, Ahmad Aidibi, veio para o Brasil no início deste ano com o objetivo de planejar o retorno da família. Contudo, após o incidente com a esposa, a possível volta de Fatima foi dificultada.

Na época, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que eventuais pedidos de repatriação seriam avaliados “conforme orientações das equipes médicas sobre as condições de saúde dos envolvidos e à luz da normativa consular vigente”.

O Metrópoles procurou o Itamaraty e questionou sobre o andamento do caso envolvendo Fatima Boustani. A pasta, no entanto, não comentou a situação.

 

 

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