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Lésbicas e ativistas do movimento LGBT são condenadas à morte no Irã

Em janeiro, as ativistas foram acusadas de “espalhar a corrupção na Terra” por “promover a homossexualidade”

atualizado

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Omer Messinger/Getty Images
mulheres abraçadas com bandeira lgbtqia+
1 de 1 mulheres abraçadas com bandeira lgbtqia+ - Foto: Omer Messinger/Getty Images

Duas lésbicas e ativistas em defesa dos direitos da população LGBTQIA+ foram condenadas à morte no Irã pelo Tribunal Revolucionário de Urmia. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5/9) pela organização de direitos humanos Hengaw.

Zahra Sediqi Hamedani, conhecida como “Sareh”, de 31 anos, e Elham Chubdar, de 24 anos, estão detidas no presídio de Urmia.

Em janeiro, o Ministério Público de Urmia acusou Zahra e Elham de “corrupção na Terra” por “promover a homossexualidade”, “promover o cristianismo” e “comunicar-se com a mídia que se opõe à República Islâmica”.

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Além disso, trata-se de um movimento que tem como um dos principais objetivos lutar por direitos, por novas formas de identificação e contra qualquer tipo de discriminação
Segundo integrantes da comunidade, a sigla representa posicionamento de luta, resistência e orgulho
A letra L faz menção às lésbicas, ou seja, mulheres que se relacionam com mulheres
A letra G refere-se a palavra Gay, utilizada para descrever homens que se sentem atraídos por outros homens. Assim como no caso de pessoas lésbicas, não precisa ter tido, necessariamente, experiências sexuais com outras pessoas do mesmo sexo para se identificar como gay
A letra B representa os bissexuais, pessoas que se relacionam tanto com pessoas do mesmo gênero quanto do gênero oposto
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A sigla LGBTQIAPN+ é utilizada para representar pessoas que são lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo, assexuais, pansexuais e não-binárias, por exemplo, em uma só comunidade

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Além disso, trata-se de um movimento que tem como um dos principais objetivos lutar por direitos, por novas formas de identificação e contra qualquer tipo de discriminação

Marc Bruxelle / EyeEm/ Getty Images
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Segundo integrantes da comunidade, a sigla representa posicionamento de luta, resistência e orgulho

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A letra L faz menção às lésbicas, ou seja, mulheres que se relacionam com mulheres

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A letra G refere-se a palavra Gay, utilizada para descrever homens que se sentem atraídos por outros homens. Assim como no caso de pessoas lésbicas, não precisa ter tido, necessariamente, experiências sexuais com outras pessoas do mesmo sexo para se identificar como gay

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A letra B representa os bissexuais, pessoas que se relacionam tanto com pessoas do mesmo gênero quanto do gênero oposto

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A letra T refere-se aos transsexuais, transgêneros e travestis, que não se identificam com o gênero pelo qual foi determinado ao nascimento

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A letra Q faz alusão às pessoas Queer, termo inicialmente utilizado de forma pejorativa, mas que acabou sendo adotado pela comunidade de forma a abraçar todos que não se encaixem dentro da heterocisnormatividade

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A letra I representa as pessoas diagnosticadas como intersexo. O termo é utilizado para descrever pessoas que nascem com características genéticas e físicas diferentes das definições biológicas comuns

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A letra A faz menção às pessoas assexuais, que não sentem atração sexual por outras pessoas, mas podem sentir interesse afetivo e namorar, por exemplo

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A letra P refere-se aos pansexuais, pessoas que desenvolvem atração física e desejo sexual por outras pessoas independentemente de sua identidade de gênero

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A letra N representa os não-binários, ou seja, que não se identificam com um gênero específico ou que não têm gênero

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O símbolo + é utilizado para abranger pessoas não-cis que não se consideram trans ou não-binárias, por exemplo, e por todas as outras orientações que não são hétero

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Zahra foi presa em 27 de outubro de 2021, pelo Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, enquanto tentava fugir do país em direção à Turquia.

Segundo a organização dos direitos humanos, Zahra Sediqi Hamedani não pode ter acesso a um advogado durante sua detenção “e os agentes de segurança a ameaçaram com sua execução e privação da custódia de seus dois filhos, além de assédio verbal e insultos à sua identidade e aparência.”

Além de Zahra e Elham, Soheila Ashrafi, de 52 anos, está presa e enfrenta as mesmas acusações. Entretanto, a sua sentença ainda não foi proferida.

Comunidade marginalizada

O Irã é um dos 68 países onde as relações homossexuais são criminalizadas, segundo a Human Rights Watch (HRW). “(A) comunidade LGBTQ é uma das mais marginalizadas do Irã, enfrenta vários níveis de discriminação e ódio. O mais óbvio é por lei, mas também há muita homofobia na sociedade, dependendo de onde você está e de qual demografia você pertencer. A família, às vezes pode ser o lugar mais perigoso“, Tara Sepehri Far, pesquisadora na HRW.

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