Lançamento de satélite espião norte-coreano falha, e objeto cai no mar
O primeiro satélite espião da Coreia do Norte visa monitorar as ações dos EUA e da Coreia do Sul, segundo o líder norte-coreano, Kim Jong-un
atualizado
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O governo de Kim Jong-un comunicou, nesta quarta-feira (31/5), que a tentativa do lançamento do primeiro satélite de reconhecimento militar da Coreia do Norte no espaço não foi bem-sucedida. De acordo com a agência estatal KCNA, o objeto caiu no mar após apresentar falha no motor.
“O novo tipo de foguete transportador de satélite ‘Chollima-1’ lançado caiu no Mar Ocidental da Coreia depois de perder o impulso devido ao arranque anormal do motor de dois estágios, informa trecho da nota oficial.
Dias atrás, a Coreia do Norte informou que planejava lançar um satélite, entre 31 de maio e 11 de junho, para monitorar os Estados Unidos (EUA) e a Coreia do Sul. Em abril deste ano, o governo norte-coreano anunciou o fim da produção do equipamento de vigilância.
Para Kim, a medida visa lidar “com o grave ambiente de segurança no presente e no futuro” com os dois países.
Um porta-voz da Administração Nacional de Desenvolvimento Aeroespacial da Coreia do Norte atribuiu a queda à falha de “confiabilidade e estabilidade do novo tipo de sistema de motor introduzido no foguete transportador do satélite Chollima-1 e a instabilidade das especificações do combustível usado”.
Coreia do Norte é ameaçada após intenção de lançar satélite espião
O anúncio do satélite espião norte-coreano gerou insatisfação de diversos líderes mundiais. Entre eles o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
De acordo com porta-voz de Guterres, o secretário-geral condena veementemente o lançamento do aparato militar. Ele lembra que qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos é contrário às resoluções defendidas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Guterres apela para que o governo norte-coreano cesse as tentativas e retome rapidamente o diálogo “para alcançar o objetivo da paz sustentável e a desnuclearização completa e verificável da Península Coreana”.
Um dos alvos do satélite espião, a Coreia do Sul informou que a Coreia do Norte “pagará os preços devidos” caso prossiga com o lançamento.