Kirchner no Senado após atentado: “Estou viva por Deus e pela Virgem”
Vice-presidente da Argentina foi alvo de tentativa de assassinato por brasileiro. Namorada do homem teria arquitetado plano
atualizado
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A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi ao Senado pela primeira vez nesta quinta-feira (15/9) desde que foi alvo de uma tentativa de assassinato em frente à sua casa. O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel chegou a poucos metros dela e tentou atirar contra seu rosto com uma pistola, mas a arma falhou.
“Sinto que estou viva por Deus e pela Virgem, realmente. Então me pareceu que se eu tinha que agradecer a Deus e à Virgem, deveria fazê-lo cercada de padres dos pobres e de irmãs laicas e religiosas”, afirmou Cristina. Para seu primeiro compromisso público, ela escolheu uma reunião com nomes que atuam em favelas do país.
A vice-presidente também ressaltou o contato que teve com o compatriota papa Francisco depois do ataque que quase tirou sua vida. “O papa me telefonou bem cedo no dia seguinte e me disse algo como que os atos de ódio e violência são sempre precedidos de palavras e verbos de ódio”, lembrou.
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) September 15, 2022
Investigações
Nesta quinta, a juíza María Eugenia Capuchetti decretou oficialmente a prisão preventiva de Sabag Montiel e sua namorada, Brenda Uliarte, suspeita de arquitetar o plano para matar a vice-presidente. A acusação inclui porte de armas e munições sem autorização, além de tentativa de assassinato e premeditação.
Outros dois suspeitos foram detidos: a jovem de 21 anos Agustina Díaz, amiga de Uliarte, e Nicolás Gabriel Carrizo, que assim como o casal preso vendia algodão doce na região e teria recebido o grupo perto do ataque.
No depoimento de Díaz, a veracidade de mensagens comprometedoras de Uliarte foi confirmada. “Vou mandar matar Cristina. Me cansei que só falamos e falamos e não fazemos nada”, escreveu a detida para a amiga.