Kim Jong-un ordena preparação militar e diz que guerra é inevitável
Ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un ordenou seu exército a se preparar para guerra na Coreia do Sul, que pode eclodir a qualquer momento
atualizado
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Com críticas aos Estados Unidos, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou seu exército a se preparar para uma guerra que ele diz ser “inevitável” e que poderia eclodir a qualquer momento, segundo informações publicadas neste domingo (31/12) pela agência estatal KCNA.
O líder norte-coreano ordenou que os militares se preparassem para “pacificar todo o território da Coreia do Sul”, inclusive com bombas nucleares, se necessário, em resposta a qualquer ataque.
Kim discursou no fim de uma reunião de cinco dias do comitê central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que ocorre anualmente para estabelecer metas econômicas, militares e de política externa para o próximo ano.
“Devido aos movimentos imprudentes dos inimigos para nos invadir, é um fato consumado que uma guerra pode eclodir a qualquer momento na península coreana”, disse ele.
Em novembro, o governo da Coreia do Norte colocou um satélite militar em órbita e tem sustentado que o equipamento fornece imagens de posições militares tanto americanas como sul-coreanos, a quem chama de “fantoches” dos americanos.
“Os EUA têm instigado mais persistentemente os fantoches sul-coreanos e os japoneses, que desempenham o papel de fantoches e ‘cães de corrida’ mais fiéis na execução da sua política hostil para com a nossa República”, prosseguiu o norte-coreano.
Cooperação contra Kim Jong-un
Os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul fortaleceram a cooperação militar em meio a onda de testes de armas na Coreia do Norte neste ano. Os países também colocaram em prática um sistema para o compartilhamento de informações em tempo real sobre lançamentos de mísseis norte-coreanos.
Há algumas semanas, um submarino dos EUA atracou no porto sul-coreano de Busan e Washington lançou bombardeios de longo alcance para realizar manobras com Seul e Tóquio.
Às vésperas do processo eleitoral americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, que deverá concorrer à reeleição, impôs novas sanções à Coreia do Norte.