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Kiev estima morte de 3 mil soldados ucranianos na guerra

Zelensky afirma ainda que 10 mil militares ucranianos foram feridos e diz temer o uso de armas nucleares e químicas pelos russos

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Fotógrafos registraram corpos em decomposição nas ruas e em valas na ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Fotógrafos registraram corpos em decomposição nas ruas e em valas na ucrânia - Metrópoles - Foto: Mykhaylo Palinchak/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)

A Ucrânia estima que entre 2,5 mil e 3 mil soldados ucranianos morreram e cerca de 10 mil ficaram feridos desde o início da guerra, afirmou o presidente do país, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista à emissora americana CNN, que teve alguns trechos divulgados nessa sexta-feira (15/4).

Entre os feridos, de acordo com Zelensky, é difícil saber quantos sobreviverão. Na entrevista, ele também afirmou que até 20 mil militares russos já teriam morrido no conflito. A estimativa ucraniana de baixas russas é bem maior do que o confirmado por Moscou. A Rússia admitiu recentemente que perdeu cerca 1.350 soldados na guerra.

Na entrevista, que deve ir ao ar no domingo, Zelensky expressou ainda seu temor de que o presidente russo, Vladimir Putin, recorra ao uso de armas nucleares ou químicas na guerra. “Não apenas eu, mas todos os países do mundo deveriam estar preocupados”, destacou. “Ele pode usar armas químicas, pois para ele nossas vidas não valem nada. Não devemos pensar que temos medo, mas sim estar preparados”, acrescentou.

Em sua tradicional mensagem de vídeo à população, Zelensky disse nessa sexta-feira que a Ucrânia está diante do enorme desafio de reconstruir os locais recuperados que foram destruídos na ofensiva russa. O presidente também afirmou ser difícil estimar o número de civis mortos no conflito, pois algumas regiões estão sob controle russo e há cidades sitiadas.

Em Mariupol, que é alvo de intensos bombardeios e está sitiada há duas semanas, autoridades locais estima que até 20 mil civis já morreram. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), nenhum comboio de ajuda humanitária foi autorizado a entrar na cidade, que quase não tem mais suprimento de alimentos e medicamentos e onde 100 mil pessoas ainda estariam vivendo.

Rússia intensifica ataques em Kiev

Depois do ataque que afundou o cruzador de mísseis russo Moskva, no Mar Negro, a Rússia intensificou os bombardeios na região de Kiev. Neste sábado, o Ministério da Defesa russo afirmou que destruiu um fábrica de munições militares.

Segundo a imprensa local, além de Kiev, forte explosões na madrugada de sábado foram ouvidas em várias regiões do país e também em Lviv. Os aviões que atacaram a cidade no oeste da Ucrânia teriam partido de um aeroporto em Belarus.

O prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, disse que equipes de resgate e socorristas foram enviados para as regiões atingidas pelo ataque no distrito de Darnytsia, onde vivem mais de 1 milhão de ucranianos. Ele pediu que a população não ignore as sirenes de alerta e evitem retornar à capital.

No início de abril, tropas russas se retiraram da região ao redor da capital ucraniana, deixando um rastro de morte e destruição. Depois da retirada, centenas de ucranianos que fugiram da região começaram a retornar para suas casas, pois os bombardeios haviam diminuído significativamente até o naufrágio do Moskva.

A guerra já causou o maior êxodo de civis na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Mais de 5 milhões de refugiados já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa, no final de fevereiro, segundo a ONU.

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