Kiev: “Ataques russos foram os piores desde a invasão nazista em 1941”
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em pronunciamento ao vivo neste domingo (27/2), lamentou efeitos da guerra
atualizado
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O governo ucraniano admitiu que a Rússia, apesar de não conseguir dominar Kiev, capital e coração do poder ucraniano, deixou o maior rastro de destruição em 81 anos.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em pronunciamento ao vivo neste domingo (27/2), lamentou: “Foi o pior ataque desde 1941 quando Kiev foi atacada pelos nazistas alemães”.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, admitiu que a capital está “cercada” e disse que uma saída de civis não seria possível “porque todos os caminhos estão bloqueados”.
“Estamos à beira de uma catástrofe humanitária”, disse ele à agência de notícias Associated Press. Ele completou. “Neste momento, temos eletricidade, agora temos água e aquecimento em nossas casas. Mas a infraestrutura está destruída para entregar os alimentos e medicamentos”, afirmou.
Rússia avança
Neste domingo (27/2), as tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. Além disso, mísseis balísticos atingem refinaria e gasoduto em território ucraniano.
O governo russo afirmou que uma delegação teria sido enviada a Belarus para discutir termos de um acordo de paz com a Ucrânia. Os ucranianos, entretanto, alegaram que as ofertas foram declinadas “categoricamente”. Depois disso, Zelensky divulgou a mensagem no Twitter.
Diante do aceno por mais conflito, o governo ucraniano entrou com uma ação contra os invasores no Tribunal Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia
“A Ucrânia entrou oficialmente com uma ação contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia. Exigimos que a Rússia seja responsabilizada por distorcer o conceito de genocídio para justificar a agressão”, escreveu o presidente ucraniano.
Zelensky também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, escreveu.