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Kiev acusa Moscou de propagar “mentira cínica” sobre arsenal nuclear

Ministro afirmou que russo Sergey Lavrov estaria espalhando desinformação sobre interesse ucraniano em retomar instalações nucleares

atualizado

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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, discursa na ONU. Ele fala no microfone, olhando para o público que o assiste, com a bandeira do país ao lado enquanto ajeita o óculos - Metrópoles
1 de 1 O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, discursa na ONU. Ele fala no microfone, olhando para o público que o assiste, com a bandeira do país ao lado enquanto ajeita o óculos - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou, nesta sexta-feira (4/3), que o homólogo russo Sergey Lavrov espalha desinformação ao alegar “falsamente” que a Ucrânia quer restaurar seu arsenal nuclear.

“Esta é uma mentira cínica e descarada da Rússia, que atira em instalações nucleares na Ucrânia. Zonas seguras devem ser estabelecidas em torno deles para evitar desastres na Europa”, escreveu Kuleba.

O Exército russo tomou a maior usina nuclear da Europa, a ucraniana Zaporizhzhia, na madrugada desta sexta-feira. Um incêndio começou no local durante a invasão do perímetro da usina por militares da Rússia.

Veja imagens do ataque russo à usina nuclear de Zaporizhzhia

A Agência Internacional de Energia Atômica disse que não há sinal de vazamento radioativo. Ainda de acordo com a agência, os equipamentos essenciais da usina não foram afetados pelo fogo e não há variação nos níveis de radiação. O incêndio foi extinto.

Acordo de Budapeste

Em 1994, a Ucrânia decidiu abrir mão das armas nucleares em troca de segurança e reconhecimento como país independente, por meio do Memorando de Budapeste, um acordo assinado entre o governo ucraniano, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos após o fim da União Soviética.

No entendimento firmado na capital da Hungria, a Ucrânia se comprometia a aderir ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e a devolver para Moscou as ogivas deixadas em seu território com o fim da URSS.

Guerra na Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia no último dia 24 de fevereiro, em meio a uma possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Contudo, como justificativa, Putin ordenou a ocupação das regiões separatistas de Donbass, no leste ucraniano. Em pronunciamento, o líder russo fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.

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Edifício danificado em Kievsky Rayonda de Donetsk, que está sob controle de separatistas pró-Rússia
Destruição na Ucrânia
Protesto contra a Guerra na Ucrânia
Destruição na Ucrânia
Um instrutor ensina às pessoas a posição ajoelhada durante um exercício militar para civis realizado pelo Movimento dos Veteranos de Zakarpattia
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Ataque à usina nuclear na Ucrânia

Zaporizhzhia Nuclear Power Plant/Anadolu Agency via Getty Images
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Edifício danificado em Kievsky Rayonda de Donetsk, que está sob controle de separatistas pró-Rússia

Leon Klein/Agência Anadolu via Getty Images
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Destruição na Ucrânia

Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
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Protesto contra a Guerra na Ucrânia

Sven Hoppe/picture alliance via Getty Images
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Destruição na Ucrânia

Stringer/Anadolu Agency via Getty Image
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Um instrutor ensina às pessoas a posição ajoelhada durante um exercício militar para civis realizado pelo Movimento dos Veteranos de Zakarpattia

SerhiiHudak/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
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Separatistas pró-russos, em uniformes sem insígnias, reúnem-se no assentamento controlado pelos separatistas de Mykolaivka (Nikolaevka) e Bugas, na região de Donetsk (DPR) da Ucrânia, em 1º de março de 2022

Stringer /Agência Anadolu via Getty Images
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Prédio é atingido em Kharkiv na Ucrânia

Redes sociais/Reprodução
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Equipes de resgate carregam uma pessoa ferida na maca, enquanto respondem a bombardeios de tropas russas no centro de Kharkiv, nordeste da Ucrânia

Vyacheslav Madiyevskyy/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images

Nesta sexta, o conflito completa nove dias. Russos sitiaram Kiev e tentam tomar o poder. Hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches já foram alvos de bombardeios na Ucrânia. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana e próxima à fronteira com a Rússia, também se tornou alvo.

Estados Unidos e países europeus anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro para a Ucrânia, que resiste. Belarus, uma das maiores aliadas da Rússia, entrou no foco da comunidade internacional. O país teria feito ataques à Ucrânia e cedido a fronteira para a invasão russa.

A batalha chegou à cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Tribunal Penal Internacional, em Haia.

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