Kamala em alta: veja como pesquisas nos EUA mudaram nos últimos meses
Quando o presidente Joe Biden saiu da disputa presidencial, o cenário eleitoral norte-americano assistiu uma mudança rápida
atualizado
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Com a desistência de Joe Biden de participar da corrida presidencial no dia 21 de julho e a indicação da vice-presidente Kamala Harris para assumir o posto, as pesquisas eleitorais mostraram uma rápida alteração nas tendências. Antes de Kamala assumir a disputa, o ex-presidente Donald Trump liderava em todas as pesquisas eleitorais. Com ela, os democratas estão passando na frente.
Os levantamentos realizados a partir do dia 22 de julho, já com a vice-presidente na chapa, mostram o início da recuperação democrata frente aos números republicanos. A pesquisa realizada pela Reuters/Ipsos apontou Kamala com 44% das intenções, e Trump, com 42%. Ou seja, a vice-presidente já aparecia com 2 pontos percentuais a mais que o ex-presidente, apesar de ambos terem empatado na margem de erro, que é de 3 pontos percentuais.
A pesquisa realizada anteriormente pelo mesmo instituto apontava Donald Trump e Joe Biden empatados com 40% das intenções de voto.
Com exceção dos levantamentos realizados entre 22 e 25 de julho pela CNN, pelo New York Times/Siena College e pelo Jornal de Wall Street, em que Trump aparece 1 ponto percentual à frente, Kamala Harris assumiu a liderança nas demais pesquisas e segue na mesma toada.
Importante destacar que, com a margem de erro de 3 pontos, os dois candidatos seguem empatados.
Segundo analistas políticos internacionais, Trump mostrou em sua última entrevista coletiva, dada na quinta-feira (8/8), em Mar-a-Lago, na Flórida, que ainda está lutando por uma resposta mais eficaz aos avanços que os democratas tiveram com a chapa Harris-Walz.
A percepção é que o ex-presidente ainda está lamentando que Joe Biden não é mais o seu opositor.
Donald Trump chegou a falar que “a presidência foi tirada de Joe Biden, e eu não sou fã de Biden, mas vou lhe dizer uma coisa, de um ponto de vista constitucional, de qualquer ponto de vista que você observe, eles tiraram a presidência”.
Para analistas, a fala de Trump passa a ideia de que ele ainda estaria em negação diante do sucesso da campanha democrata pós-Biden.
Ao ser questionado por repórter, durante a coletiva, sobre ele não estar fazendo mais pela campanha para conter o lançamento triunfal de Kamala, Trump afirmou já estar “liderando por muito tempo [as pesquisas], agora estou deixando a convenção deles passar” e disse que não havia “recalibrado a estratégia de forma alguma”.
Público jovem
Diante da percepção de que Kamala ganhou muita força com o público jovem, principalmente com o ingresso do progressista Tim Walz na chapa como candidato a vice, a campanha de Trump tem tentado realizar movimentações distintas, como colocar o candidato republicano a vice-presidente, J.D.Vance, para realizar a mesma rota de comícios que os democratas estão fazendo pelos swing states (estados-pêndulos).
Outra tentativa adotada pelo ex-presidente foi participar de uma live no X, antigo Twitter, com o dono da rede, Elon Musk, nessa segunda-feira (12/8).
Trump também voltou a utilizar o X, que ele havia abandonado desde que sua conta foi banida da plataforma no dia 6 de janeiro de 2021, depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio incentivados por suas falas na rede social.