Kamala busca voto da classe média e diz que Trump mira no passado
Em seu primeiro pronunciamento como pré-candidata a presidência dos EUA, Kamala parte para o ataque do conservadorismo de Trump
atualizado
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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou em Delaware, nesta segunda-feira (22/7), para a equipe de campanha. Foi o primeiro discurso como pré-candidata pelo partido Democrata na disputa pela presidência dos EUA, desde que o atual presidente Joe Biden desistiu de sua candidatura e indicou a vice-presidente para seu lugar. O evento contou com a participação virtual de Biden, dando seu apoio à candidatura, afirmando “eu te amo, Kamala”.
Em sua fala, Kamala afirma que “essa campanha não é sobre ‘nós x Donald Trump’. Tem mais coisas nessa campanha. Nossa campanha é sobre dois tipos de visões sobre esse país. Um lado mira no futuro e outro mira no passado. Donald Trump quer levar nosso país ao passado, para o tempo que nossos americanos não tinham direito, mas, nós, acreditamos em um futuro brilhante, que tenha espaço para todos os americanos, em que nenhuma criança tenha que crescer na pobreza, onde todas as pessoas possam comprar uma casa, construir uma família e ter acesso a planos de saúde que possam pagar”.
Kamala Harris acena para o investimento na classe média da população e diz que essa é uma classe desprezada por Trump.
“Tudo isso para dizer que o objetivo definidor da minha campanha é reconstruir a classe média, porque todos nós sabemos que quando a classe média se fortalece, América se fortalece e sabemos que esse não é o futuro que Donald Trump está lutando para construir”.
“Donald Trump está tentando uma economia que a América já tentou e ela não leva a prosperidade, mas, sim, a injustiça social. E nós não vamos retroceder”.
Kamala demonstra em seu discurso que adotará uma abordagem mais agressiva de campanha contra o ex-presidente Donal Trump, chamando-o, inclusive, de “abusador sexual”.
A vice-presidente ainda ressalta que a visão de sua campanha é uma “luta pelo futuro também é uma luta pela liberdade” e destaca a relevância de combater o retrocesso no direito reprodutivo das mulheres.
“Nós vamos lutar pelo direito à liberdade reprodutiva, sabendo que se Trump vencer, ele assinará uma lei que banirá o direito ao aborto em todos os estados, mas nós não vamos deixar isso acontecer”, afirma Kamala.