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Justiça Federal indicia quatro policiais pela morte de George Floyd

Os agentes responderão por violação dos direitos constitucionais e por não dar assistência médica; julgamento acontece em agosto

atualizado

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protesto contra o racismo e a truculência policial, depois da morte de George Floyd
1 de 1 protesto contra o racismo e a truculência policial, depois da morte de George Floyd - Foto: John Rudoff/Anadolu Agency via Getty Images

Um júri da Justiça Federal dos Estados Unidos indiciou, nesta sexta-feira (7/5), os quatro policiais que participaram da abordagem que terminou com a morte do ex-segurança negro George Floyd, em maio do ano passado. Os agentes responderão por violação dos direitos constitucionais e por não dar assistência médica.

Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao serão julgados em Minnesota, em agosto, por ajudar e favorecer um homicídio em segundo grau – assassinato intencional, mas não premeditado.

Em companhia de Derek Chauvin, condenado em abril pela morte do ex-segurança, Kueng e Thao ainda vão responder, em esfera federal, por uso de força excessiva e por terem provocado uma convulsão em Floyd durante a abordagem, pouco antes dele morrer.

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A morte de Floyd desencadeou a campanha Black Lives Matter
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Velas e um mural com o rosto de George Floyd: memorial foi feito em Minneapolis, Minnesota

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Protestos nos Estados Unidos começaram após a morte de George Floyd, morto pela polícia

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Morte de George Floyd causou manifestações violentas

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O início da onda de protestos foi em Minnesota, mas as manifestações se estenderam a diferentes cidades dos Estados Unidos e do mundo

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"Sem justiça, sem paz"

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"Eu não consigo respirar": cartaz faz referência ao assassinato

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"Vidas negras importam"

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Os protestos que pedem justiça ganharam força há seis dias

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A morte de Floyd desencadeou a campanha Black Lives Matter

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Entenda o caso

Os quase nove minutos em que George Floyd, de 46 anos, implorou pela própria vida jamais sairão da cabeça de muitas pessoas que viram o vídeo de seu assassinato em frente a uma loja em Minneapolis, no estado de Minnesota.

As imagens gravadas em 25 de maio de 2020 mostram Derek Chauvin ajoelhado no pescoço de Floyd, que está algemado e totalmente imobilizado no chão.

Os eventos que levaram a essa cena fatal começaram cerca de meia hora antes. De acordo com relatos de várias testemunhas, vídeos e declarações oficiais de autoridades ao longo dos últimos meses, a confusão começou devido a uma denúncia de uso de nota falsa de 20 dólares.

Um relatório policial feito na noite de 25 de maio aponta que Floyd havia comprado um maço de cigarros na mercearia Cup Foods, local onde ele costumava ir.

George Floyd resistiu ativamente para não ser algemado, mas sem sucesso. Detido, ele se tornou complacente e pediu desculpas repetidas vezes – como mostraram as imagens das câmeras do corpo dos policiais –, enquanto outro policial dava voz de prisão por “passar moeda falsificada”.

Novas imagens mostram George Floyd implorando a policiais antes de ser morto
Novas imagens mostram George Floyd implorando a policiais antes de ser morto
“Você vai me matar, cara”

Quando os policiais tentaram colocar Floyd na viatura, ocorreu a luta entre os dois. Por volta das 20h14, George Floyd “enrijeceu, caiu no chão e disse aos policiais que estava claustrofóbico”, de acordo com o relatório.

Nesse momento, Derek Chauvin chega ao local. Ele e outros policiais se envolvem na tentativa de colocar o homem na viatura. Às 20h19, Chauvin puxou George Floyd.

Chauvin colocou o joelho esquerdo entre a cabeça e o pescoço dele. E assim foi por quase nove minutos. As transcrições das imagens da câmera corporal dos policiais Lane e J. Alexander Kueng mostram Floyd implorando mais de 20 vezes que não conseguia respirar porque estava contido. Ele também estava implorando por sua mãe e dizendo “por favor, por favor, por favor”.

Quando engasgou, Floyd ainda disse: “Você vai me matar, cara”. O ex-policial Chauvin retrucou: “Então pare de falar, pare de gritar. É preciso muito oxigênio para falar”.

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