Justiça dos EUA condena José Maria Marin a 4 anos de prisão
Ex-presidente da CBF também teve confiscado um total de US$ 3,3 milhões em bens
atualizado
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A juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, nos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (22/8) a sentença de 4 anos de prisão mais US$ 1,2 milhão de multa ao ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Marin Marin. A informação foi divulgada pelo portal UOL.
As autoridades norte-americanas ainda anunciaram o confisco de US$ 3,3 milhões de bens do dirigente. Em dezembro de 2017, Marin, de 86 anos, foi considerado culpado em seis acusações: conspiração para organização criminosa, fraude financeira em edições da Copa América, Libertadores e Copa do Brasil e lavagem de dinheiro na Copa América e na Libertadores.
A promotoria havia pedido 10 anos de prisão e uma multa de até US$ 6,6 milhões (cerca de R$ 26 milhões) para o ex-presidente da CBF José Maria Marin. A alegação do Departamento de Estado dos EUA é de que Marin causou mais de US$ 150 milhões em prejuízo com seus atos.
Em documento enviado à corte, o departamento faz um relato detalhado das provas contra Marin, o qual inclui testemunhos de ex-executivos de televisão, transferências bancárias e gastos em cartões de crédito. E relata também a participação dos ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, que nunca responderam ao processo porque não se apresentaram nos Estados Unidos.
A defesa, por sua vez, desejava uma pena de 13 meses de prisão, em razão da idade avançada e do frágil estado de saúde do seu cliente. Vale lembrar que o ex-presidente da CBF já cumpriu 13 meses de prisão, sendo cinco deles na Suíça. Não é descontado da pena, portanto, o período quando esteve em detenção domiciliar em seu apartamento nos EUA.