Justiça dos EUA acusa 4 policiais pela morte de Breonna Taylor
Jovem foi assassinada durante operação policial antidrogas em sua casa, que não encontrou nenhum entorpecente
atualizado
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou, nesta quinta-feira (4/8), quatro policiais pela morte da jovem Breonna Taylor, que morreu aos 26 anos. Ela foi assassinada a tiros em março de 2020 e se tornou um dos símbolos do movimento Black Lives Matter.
Anteriormente, apenas um policial havia sido indiciado, em setembro de 2020. Brett Hankison não foi acusado, porém, em relação à morte da mulher, mas sim por ter atirado através de uma parede. Ele foi absolvido.
Merrick Garland, procurador-geral dos EUA, explicou que os crimes pelos quais os policiais são acusados incluem uso inconstitucional da força, ofensa aos direitos civis e obstrução e conspirações ilegais.
Joshua Jaynes, Kelly Goodlett e Kyle Meany são suspeitos de usar um depoimento sabidamente falso para ter um mandado de busca na casa de Breonna. O alvo seria um ex-namorado da jovem, que não morava na residência e a polícia acreditava ter envolvimento com tráfico de drogas.
Os agentes entraram no local durante a noite. Kenneth Walker, namorado de Breonna, acreditou que a casa estava sendo invadida e utilizou sua arma, adquirida legalmente, para revidar.
Os policiais “sabiam que poderiam gerar uma situação perigosa e afirmamos que essas ações ilegais provocaram a morte de Taylor”, afirmou Garland. Eles teriam, também, “tomado medidas para encobrir a conduta ilegal”, além de mentir para o FBI.