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Justiça do Peru ordena prisão de cunhada do presidente Pedro Castillo

A ordem de prisão foi decretada após Yenifer Paredes ser acusada de participar de esquema de corrupção

atualizado

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Reprodução
Palacio do governo peruano
1 de 1 Palacio do governo peruano - Foto: Reprodução

A Justiça do Peru ordenou a prisão preventiva da cunhada do presidente Pedro Castillo, Yenifer Paredes, por suposta participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. A operação policial realizou buscas no palácio do governo, em Lima, capital do Peru, a procura de Paredes.

A equipe de promotores e agentes da Divisão de Investigação de Crimes de Alta Complexidade (DIVIAC) da Polícia passou mais de três horas na residência presidencial para cumprir o mandado de prisão contra Paredes. Entretanto, a acusada não foi encontrada e está foragida da polícia.

Segundo a mídia local, Paredes chegou a Lima vindo de Cajamarca na última sexta-feira, em um voo comercial. Um dia antes de a medida ser emitida, testemunhas viram a acusada entrar na residência oficial, mas não foi vista saindo do local.

É a primeira vez, na história do Peru, que uma operação policial entra no palácio do governo em busca de foragidos da Justiça.

Além de Paredes, outras quatro pessoas em volta do presidente estão sendo investigadas por suposta participação em esquemas de corrupção. Entre eles, estão um sobrinho do presidente, um ex-ministro dos Transportes e um ex-secretário da Presidência.

Investigação

A investigação policial iniciou após um canal de notícias do Peru divulgar um vídeo em que a cunhada do presidente conversava com pessoas de uma comunidade na cidade de Cajamarca. De acordo com a mídia local, Paredes negociava uma obra de saneamento no local, mesmo não fazendo parte do Executivo.

Nas imagens, Paredes aparece ao lado de Hugo Espino, que foi detido e é o representante legal da empresa JJM Espino Engenharia & Construção SAC , que em setembro de 2021 ganhou uma licitação por mais de 3,8 milhões de soles.

Em um desdobramento das investigações, a cunhada e a esposa do presidente foram, em julho, à sede do Ministério Público prestar esclarecimentos. Além disso, Paredes foi convocada a comparecer perante a Comissão de Supervisão do Congresso, na ocasião, ela negou ter participado de possíveis licitações ligadas ao governo federal.

Paredes afirmou que conhecia o empresário desde 2019 e que começou a trabalhar para ele em agosto de 2021.

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