Justiça do Japão expediu mandado de prisão contra mulher de Ghosn
De acordo com a imprensa local, Carole Ghosn teria feito um falso testemunho durante investigações contra o marido
atualizado
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A Justiça do Japão expediu um mandado de prisão contra a mulher do ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn, Carole Ghosn. Ela é suspeita de ter feito um falso testemunho durante as investigações contra o marido, afirma a imprensa local nesta terça-feira (07/01/2020).
Os investigadores acreditam que Carole está no Líbano com o marido, que deixou o Japão sem a permissão da Justiça em dezembro de 2019 e violou as condições estabelecidas na fiança.
Ghosn fugiu de casa, em Tóquio, no fim do mês passado depois de a companhia de segurança privada contratada pela Nissan suspender o monitoramento via câmeras, segundo fontes informaram à imprensa internacional.
A montadora teria contratado uma companhia para observar o executivo — que estava em prisão domiciliar aguardando julgamento sob acusação de má conduta financeira — para saber se ele não se encontraria com ninguém envolvido no caso.
No entanto, advogados dele teriam advertido que, se a empresa não suspendesse o monitoramento, o cliente denunciaria a montadora por violação de direitos humanos.
O empresário foi visto pela última vez no dia 29 de dezembro. Naquela noite, um jato privado que deixou o aeroporto de Kansai, em Osaka, às 23h10 chegou à Turquia 12 horas depois. Acredita-se que Ghosn possa ter usado dois jatos durante a fuga. (Com informações da Agência Estado)