Julgamento de ex-policial que matou George Floyd começa nos EUA
Derek Chauvin, que foi demitido, pode pegar até 40 anos de prisão se for condenado pelas acusações mais graves
atualizado
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Quase um ano após a morte de George Floyd, começou, nesta segunda-feira (29/3), o julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Minneapolis, nos Estados Unidos. Derek é acusado de homicídio culposo, homicídio de segundo grau (sem premeditação) e homicídio de terceiro grau (por comportamento irresponsável).
De acordo com o jornal The Guardian, já no inicio do julgamento, os promotores acusaram o ex-policial de matar um indefeso e por “triturá-lo e esmagá-lo até que o fôlego, a própria vida, fosse arrancados dele”. Um deles, Jerry Blackwell, também defendeu que a morte de Floyd, em maio passado, foi causada por Chauvin ao manter o joelho no pescoço do homem por mais de nove minutos. Blackwell afirmou ainda que o acusado usou força excessiva e irracional, “sem se importar com a vida de Floyd”.
O ex-policial negou as acusações. Ele afirmou que Floyd foi detido sob suspeita de tentar comprar cigarros com uma nota de 20 dólares falsificada em maio passado. Caso condenado, Chauvin pode pegar até 40 anos de prisão.
A defesa
O advogado de Chauvin, Eric Nelson, disse ao júri em sua declaração inicial que as evidências mostrarão que Floyd estava sob a influência de drogas e que a força usada contra ele era razoável por causa de seu comportamento.
Do lado de fora do tribunal, o advogado da família Floyd, Benjamin Crump, declarou o julgamento um teste da Justiça americana e disse que o mundo está assistindo. “Hoje começa um julgamento histórico que será um referendo sobre o quão longe a América avançou em sua busca por igualdade e justiça para todos”, afirmou.
Um grupo de manifestantes segurava cartazes que diziam “Minneapolis nunca esquecerá George Floyd” e “O Sr. George Floyd não está sendo julgado, Derek Chauvin está”.