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Juíza da Bolívia determina que Evo Morales faça teste de paternidade

O assunto ganhou ares de telenovela no país, já que a mãe do suposto filho do presidente boliviano teria dito a ele que a criança havia morrido

atualizado

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Freddy Zarco/ ABI
Presidente da Bolívia,  Evo Morale
1 de 1 Presidente da Bolívia, Evo Morale - Foto: Freddy Zarco/ ABI

Uma juíza determinou que o presidente da Bolívia, Evo Morales, deve fazer um exame de paternidade de um menino cuja mãe, ex-companheira do líder, é investigada por suposto tráfico de influência e enriquecimento ilícito.

“Se há uma ordem judicial, o senhor Morales acatará”, disse o advogado do presidente, Ricardo Velásquez. A mãe do menor é Gabriela Zapata. O caso veio a público em fevereiro, às vésperas de uma votação popular para decidir se o presidente poderia ter direito a buscar uma nova reeleição em 2019. Morales acabou perdendo nas urnas.

O assunto ganhou ares de telenovela na Bolívia por envolver o presidente solteiro, mas que já tem dois filhos jovens de relações anteriores. Morales disse na televisão que ele e Gabriela foram namorados até 2007, um ano após ele assumir o governo, e que a relação terminou após a suposta morte da criança do casal. O ministro da Educação determinou que se investigassem todas as crianças matriculadas e disse que não havia nenhuma com o nome do menino que alguns meios haviam divulgado. O ministro do Governo, por sua vez, disse que nenhum menor com esse nome havia saído do país. Gabriela, porém, apresentou o menino que seria filho de Morales diante da juíza.

A investigação sobre a paternidade do menor ocorre paralelamente à de tráfico de influência. Sem ter nenhum título profissional, Gabriela foi designada em 2011 gerente comercial de uma subsidiária da multinacional chinesa CAMC Engineering, que obteve projetos do governo no valor de mais de US$ 500 milhões, entre eles para a construção de uma usina de açúcar e de uma fábrica de sais de potássio.

Investigações da promotoria indicaram que Gabriela utilizava os escritórios do Ministério da Presidência, mas não há nenhum alto funcionário investigado. Gabriela Zapata, outra funcionária de escalão mais baixo e um motorista foram detidos preventivamente. Fonte: Associated Press.

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