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Jovem lembra como foi ver a mãe ser assassinada com 49 facadas

Em julho de 1992, Alex Hanscombe tinha 2 anos. E, mesmo tão novo, foi a única testemunha do assassinato da sua própria mãe

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Alex Hanscombe/ Arquivo Pessoal
Alex Hanscombe
1 de 1 Alex Hanscombe - Foto: Alex Hanscombe/ Arquivo Pessoal

Em julho de 1992, Alex Hanscombe tinha apenas dois anos de idade. E, mesmo tão novo, foi a única testemunha do assassinato da sua própria mãe, a modelo Rachel Nickell, com 49 facadas.

O crime chocou o Reino Unido. Vinte e cinco anos depois, Hanscombe se abriu para o programa Woman’s Hour, programa da Rádio 4 da BBC, sobre o que lembra daquele dia trágico e o que fez para tentar superar as memórias.

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“Mais do que tudo, lembro-me de como pedi para minha mãe que se levantasse. Logo, percebi que ela tinha ido embora e não voltaria mais”, contou o jovem que, atualmente, tem 27 anos. Ele garante que mantém fortes lembranças daquele dia, inclusive do assassino lavando as mãos sujas de sangue em um riacho perto de onde ele matou Nickell. O crime demorou anos para ser solucionado.

Entre diversas linhas de investigação e suspeitos detidos, somente em 2008 é que o verdadeiro criminoso foi preso: Robert Napper. O homem, além de ter esquizofrenia, já havia sido condenado por homicídio e estupro. Desde a prisão, ele segue internado em um hospital psiquiátrico de segurança máxima.

Memórias

Alex foi perseguido pelas reminiscências da barbárie que presenciou por toda a vida. “Durante o dia, eu brincava como se nada tivesse acontecido. Mas, à noite, eu era atormentado durante o sono. Tive pesadelos horríveis por vários anos (…) e passei por um processo gradual de mudanças. Hoje acredito que tudo tem uma razão para acontecer, mesmo que nem sempre sejamos capazes de entender. Acho que em algum momento conseguimos olhar para trás e entender o porquê.”

E, ao mesmo tempo, o jovem teve de buscar forças para não deixar que algo acontecido quando ele tinha apenas 2 anos marcasse sua trajetória para sempre. “Fizeram muitas alegações sobre mim. Disseram que eu jamais voltaria a falar, que iria morar debaixo da ponte ou mesmo repetir o mesmo ciclo de violência (que vitimou Nickell). Mas faz parte da vida criar nosso próprio caminho”, garante.

Atualmente, ele e o pai vivem em Barcelona. Garante que, da sua mãe, lembra de “seu cheiro, seu sorriso, sua presença. Mas mais do que coisas específicas, me lembro do sentimento de amor”.

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