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Jovem de 15 anos tira a própria vida após sofrer bullying por ser gay

“Ele era tão especial. Nigel era a criança mais doce do mundo. Ele era tão extrovertido. Sempre foi cheio de alegria”, disse a mãe de Nigel

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1 de 1 nigel-shelby-2-1200 - Foto: Reprodução/ Facebook

Descrito pela família como um adolescente “cheio de luz”, Nigel Shelby, de 15 anos, tirou a própria vida após sofrer constante bullying homofóbico. As notícias do suicídio do rapaz, que vivia no estado americano do Alabama, começaram a surgir em publicações do Facebook no último fim de semana.

À rede de televisão americana NBC News, a mãe de Nigel, Camika Shelby, contou que segue “em choque”. “Ele era tão especial. Nigel era a criança mais doce do mundo. Ele era tão extrovertido. Sempre foi cheio de alegria”, disse ela.

Ainda que tenha deixado essas lembranças boas entre familiares e amigos, o jovem lutou para vencer a depressão enquanto tentava aceitar a própria sexualidade. “Sair do armário tão jovem pode ser difícil. Você nunca sabe se será aceito. Ele não sabia se eu o aceitaria. Mas é meu filho e eu o amo”, afirmou Camika.

Bullying 

Mesmo com o apoio familiar, a mãe não pode protegê-lo do bullying cometido pelos colegas. Na noite anterior ao suicídio, Camika afirma que conversou com Nigel. “Ele me disse: ‘Mamãe, eu vou me sair melhor na escola’. Ele me beijou e disse que me amava. Essa foi a última conversa que tive com meu bebê”. Quando ela voltou para casa naquele dia, o rapaz já estava morto.

ReproduçãoApesar de tudo, Camika afirma nunca ter imaginado que o adolescente pudesse tomar uma medida tão drástica. “Estou confusa sobre o que exatamente fez ele tirar a própria vida. Não achei que ele estivesse passando por isso. Eu sabia que estava deprimido, íamos ver médicos … ainda estou chocada”, afirmou.

“Quando uma criança tem depressão, se você o chama de nomes que não deveria ou diz coisas para ela, isso às vezes tem um efeito pior do que em uma criança que não está lutando com a doença ”, disse ela sobre o bullying homofóbico.

A mãe, contudo, afirma que a lembrança do seu filho deve ser maior do que os motivos que causaram sua morte. “Ele era muito mais que aquilo. Ele era iluminado. Parte meu coração porque ele tinha muito mais amor a oferecer”. As informações são da revista People.

Busque ajuda
Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para que o ato não seja estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

 

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