Pelo menos 9 jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza em bombardeios
Os jornalistas cobriam os acontecimentos na Faixa de Gaza, durante o conflito entre Israel e o grupo Hamas, que se estende desde sábado
atualizado
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Ao menos nove jornalistas teriam sido mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza e dois profissionais de imprensa estão desaparecidos na região, após o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas.
Dois dos oito mortos confirmados pelas autoridades faleceram enquanto cumpriam sua função. Eles foram vitimados por um ataque aéreo de Israel.
Veja o nome dos jornalistas confirmados como mortos
- Said al-Tavil
- Muhammed Sobh
- Hisham en-Nawacihe
- Ibrahim Lafi
- Muhammed Cergun
- Muhammed Es-Salihi
- Esad Shemlah
- Selame Mime
- Mohammad Jarghoun
Além disso, os jornalistas Nidal al-Vahidi e Heysem Abdulvahid estariam entre os desaparecidos, e as casas de três profissionais teriam sido completamente destruídas durante a contraofensiva de Israel ao Hamas, na Faixa de Gaza.
As informações dos óbitos foram confirmadas pelo grupo palestino de liberdade de imprensa MADA e pelo Comitê de Apoio ao Jornalista (JSC), além do portal AA.
Crime de guerra
O número de jornalistas assassinados neste ano já chega a 26, de acordo com informações em tempo real do Repórteres Sem Fronteiras. Atualmente, são 506 profissionais e 21 colaboradores de veículos de comunicação detidos.
Existe, ainda, a organização de proteção à categoria, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que tem o chamado “Plano de Ação para Segurança de Jornalistas e Problemas de Impunidade das Nações Unidas“.
Em geral, os repórteres que cobrem esses conflitos são chamados de correspondentes de guerra. De acordo com dados do Observatório da Unesco, cerca de 1.615 jornalistas foram mortos desde 1993. O número de mortos neste ano, segundo a Unesco, é de 34 pessoas.
Quais são alguns dos crimes de guerra?
- atacar propositalmente os civis;
- privar os prisioneiros de julgamento;
- tortura em prisioneiros de guerra;
- matar prisioneiros de guerra;
- usar civis como reféns; e
- agressão sexual.
Os profissionais que atuam oficialmente como correspondentes de guerra (isto é, que têm o credenciamento), quando detidos durante o conflito, são considerados prisioneiros de guerra e se beneficiam da Terceira Convenção de Genebra. Profissionais de imprensa sem essa oficialização são considerados apenas civis.
A resolução nº 29 da Unesco condena a violência contra jornalistas e convoca os Estados-membros a manter suas obrigações de prevenir, investigar e punir crimes contra esses profissionais. Em 2006, a ONU adotou a Resolução S/RES/1738, que estabeleceu uma estratégia tendo em vista a segurança da categoria em conflitos armados.