Jornalista que lutou com militar na Coreia do Sul: “Precisava detê-lo”
A jornalista Ahn Gwi-ryeong foi para a frente do Parlamento assim que soube que o presidente havia decretado a Lei Marcial
atualizado
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A Coreia do Sul enfrenta momentos de tensão depois que o presidente, Yoon Suk Yeol, decretou, nessa terça-feira (3/12), lei marcial no país com o argumento de “limpar elementos pró-Coreia do Norte”. No entanto, após forte pressão sofrida por manifestantes e parlamentares, Yoon Suk Yeol recuou e disse que vai revogar a lei.
Em meio aos confrontos entre manifestantes e militares, a jornalista Ahn Gwi-ryeong entrou em combate direto com os agentes. Atualmente, Ahn atua como porta-voz do partido democrata de oposição.
“Meu único pensamento era que eu precisava pará-los. Eu os empurrei para longe, sacudi e fiz tudo o que pude. Muitas pessoas estavam lutando contra as tropas da lei marcial, então pensei que também tinha que detê-los”, disse Ahn.
No vídeo, é possível ouvir Ahn gritando com o soldado: “Solte! Você não sente vergonha?”. Depois que ela pega seu rifle, o soldado recua.
Quando questionada sobre o tamanho da atenção que ganhou com sua atitude, a jornalista disse que existiram pessoas muito mais corajosas que ela naquele momento.
“Houve muitas pessoas mais corajosas do que eu que enfrentaram as tropas da lei marcial. Houve pessoas que até conseguiram parar veículos blindados do lado de fora. Então, não acho que minhas ações foram particularmente especiais”, disse Ahn.
Em relação ao presidente, a jornalista disse achar “que o povo já destituiu psicologicamente o presidente Yoon Suk Yeol. Quem poderia confiar em um presidente declarando lei marcial quase como uma criança brincando ou confiar a nação a tal liderança?”.
Veja o vídeo