Joe Biden liga para presidente da Polônia após bombardeio
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden ofereceu apoio na investigação e diz que os dois países continuarão em contato nas próximas etapas
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou na noite desta terça-feira (15/11) para o presidente da Polônia, Andrzej Duda, depois do bombardeio atribuído à Rússia que causou a morte de dois poloneses. O Ministério das Relações Exteriores da Polônia confirmou o ataque e informou que o projétil atingiu a aldeia de Przewodów, na província de Lubelskie, que faz fronteira com a Ucrânia, durante um “bombardeio maciço” ao território ucraniano.
Além de prestar condolências, Joe Biden ofereceu apoio na investigação sobre a explosão. “Ambos os líderes decidiram ficar em contato, assim como suas equipes, para determinar os próximos passos à medida que a investigação avança”, informou a Casa Branca.
I spoke with President Andrzej Duda of Poland to express my deep condolences for the loss of life in Eastern Poland and offer our full support for Poland’s investigation of the explosion.
We will remain in close touch to determine appropriate next steps as it proceeds. pic.twitter.com/m6OSwcHKtD
— President Biden (@POTUS) November 16, 2022
Ofensiva
Desde segunda (14/11), a Rússia intensificou sua ofensiva com uma série de ataques aéreos a alvos da rede de energia da Ucrânia. A Polônia é um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), organização militar integrada pelos Estados Unidos e que sempre ameaçou responder militarmente se fosse atacada pelos russos.
O grupo, que reúne 30 países, incluindo potências como EUA, Canadá, Reino Unido e França existe desde a 1949, período da Guerra Fria. A aliança era uma forma de oposição à União Soviética, extinta em 1991. O tratado da organização prevê reação em caso de ataques a um dos países-membros.
Apesar de não ser membro, a Ucrânia é parceira da Otan, e este status confere algum nível de proteção entre os outros membros, o que garantiu a Kiev armamento para enfrentar as tropas russas. Os ucranianos pleiteavam entrada no grupo, o que foi um dos motivos para a invasão russa.
O temor russo era ter em seu “quintal” uma presença forte de um país associado aos EUA com o selo da Otan – Vladimir Putin tenta impedir que bases militares ocidentais sejam criadas para, eventualmente, serem usadas contra a Rússia no futuro.
Em março deste ano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu que o país não deverá integrar a aliança, mas não desfez o status de parceiro. A Rússia também foi contrária à adesão da Finlândia e da Suécia ao grupo, em meio à Guerra na Ucrânia.