Japão: suspeito usou arma improvisada para assassinar Shinzo Abe
O ex-primeiro-ministro fazia um discurso na cidade de Nara, no Japão. O assassino foi preso em flagrante pelos policiais
atualizado
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Tetsuya Yamagami, de 41 anos, assassino do ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, de 67 anos, usou uma arma construída de forma improvisada para cometer o crime. Era um dispositivo de cerca de 40 centímetros de comprimento, com dois tubos colados lado a lado com fita isolante preta sobre uma base de madeira, com um cabo, similar a um revólver de cano duplo. As informações são de O Globo.
Mesmo com uma equipe de segurança reforçada, Yamagami conseguiu se aproximar do ex-premiê e efetuar os disparos. De acordo com a imprensa local, o suspeito seria um ex-integrante da Força de Autodefesa Marítima do Japão.
Segundo o jornal Kyodo News, a arma teria feito um barulho semelhante a de uma explosão, com uma fumaça branca subindo no ar depois dos disparos.
Yamagami disse aos policiais que estava “insatisfeito” com o ex-premiê e que queria matá-lo.
Vídeo mostra momento do ataque ao ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e a prisão do suspeito.
Homem usou o que aparenta ser uma arma artesanal. Segundo a NHK, o primeiro disparo fez apenas fumaça, enquanto o segundo atingiu o ex-premiê.pic.twitter.com/53mD4w0wVv
— Metrópoles (@Metropoles) July 8, 2022
Imagens mostram o ex-primeiro-ministro desmaiado na rua, com vários seguranças correndo em sua direção. Abe estava segurando o peito, com a camisa manchada de sangue.
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Shinzo Abe ficou conhecido como um dos mais importantes líderes japoneses do pós-guerra.
Abe assumiu o cargo de premiê durante um curto período, entre 2006 e 2007, antes de ocupar a posição de forma permanente de 2012 a 2020, pelo Partido Liberal Democrata, de centro-direita. Renunciou por causa de uma série de doenças, inclusive uma úlcera grave.
Ainda assim, foi o primeiro-ministro que se manteve por mais tempo no poder, ultrapassando o próprio avô, Nobusuke Kishi, que ocupou o cargo entre 1957 e 1960. Por uma triste coincidência, Kishi também foi vítima de uma tentativa de assassinato, mas sobreviveu. Já o pai de Shinzo Abe, Shintaro Abe, atuou como secretário-chefe do gabinete, considerada a segunda posição mais poderosa do Japão.
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