Japão diz que avião militar chinês invadiu espaço aéreo: “Ameaça”
Denúncia de incursão no espaço aéreo é a primeira da história entre os dois países e eleva tensão entre Japão e China
atualizado
Compartilhar notícia
De acordo com o Japão, uma aeronave chinesa de inteligência militar entrou em seu espaço aéreo territorial nesta terça-feira (27/8) – noite de segunda no horário de Brasília.
Essa é a primeira vez que Tóquio acusa a Força Aérea do Exército de Libertação Popular de violação.
O Ministério da Defesa japonês afirma que a aeronave chinesa, um avião de reconhecimento Y-9, voou, por cerca de dois minutos, sobre as Ilhas Danjo. Caças da Força Aérea de Autodefesa seguiram para o local, mas nenhum confronto com o avião chinês foi relatado.
“A violação do nosso espaço aéreo por parte de um avião militar chinês não é apenas uma grave violação da nossa soberania, mas também uma ameaça à nossa segurança e é totalmente inaceitável”, declarou o porta-voz japonês Yoshimasa Hayashi.
Segundo ele, embora esse tenha sido o primeiro incidente relatado de violação do espaço aéreo japonês pela China, as atividades militares da China nas proximidades do país “tendem a se expandir e se tornar cada vez mais ativas.”
Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa, afirmou que as “autoridades chinesas competentes estão investigando e verificando” a denúncia.
Aumento da tensão entre Japão e China
Em 2012, um avião de vigilância marítima chinês entrou no espaço aéreo ao redor das Ilhas Senkaku, controladas pelos japoneses e reivindicadas pela China.
2017, um drone lançado de um navio da Guarda Costeira da China repetiu o ato, de acordo com o governo japonês.
A denúncia de incursão no espaço aéreo japonês, nesta terça-feira (27/8), eleva essa tensão a um nível ainda maior, já que essa é a primeira vez que uma invasão aérea no território japonês é atribuída a um avião militar chinês.
Qualquer incidente entre japoneses e chineses nas Senkakus aumenta o risco de um conflito mais amplo devido ao tratado de defesa mútua dos japoneses com os Estados Unidos, observam analstas ouvidos pela CNN.