O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que o risco da Rússia utilizar armas nucleares no conflito contra a Ucrânia é “cada vez mais real”. A declaração foi feita neste sábado (26/3), durante visita de Rahm Emanuel, embaixador dos Estados Unidos no país, a Hiroshima, primeira cidade a sofrer um ataque nuclear.
Só o Japão – que teve também Nagasaki bombardeada com um artefato atômico, pelos EUA – foi alvo de um ataque do tipo até hoje.
“Quando o possível uso de armas nucleares pela Rússia é cada vez mais real, acredito que a visita do embaixador Emanuel a Hiroshima e sua experiência com a realidade nuclear vão passar uma mensagem forte para a comunidade internacional”, disse Kishida à emissora pública NHK.
Kishida, representante de Hiroshima no parlamento, visitou o museu e o memorial da paz da cidade devastada pelo ataque aéreo em 1945 acompanhando Emanuel.
“Os horrores das armas nucleares não devem se repetir nunca mais”, acrescentou o premiê do Japão.
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A invasão russa da Ucrânia ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta de um possível ataque aéreo na região
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Após sucessivos bombardeios, o país tenta, junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), negociar um cessar-fogo
Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Tanques militares russos e veículos blindados avançaram em Donetsk, Ucrânia, região que teve a independência russa reconhecida nos últimos dias
Foto de Stringer/Agência Anadolu via Getty Images
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Autoridades de segurança ucranianas garantem que há combates em quase todo o território e que os confrontos militares são intensos. Segundo o governo ucraniano, já passam de 200 os ataques russos ao país
Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
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Os militares da Ucrânia afirmaram que destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk
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A imprensa russa informou que membros de uma milícia em Donetsk, uma das regiões separatistas da Ucrânia, estão prontos para apoiar a invasão
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Segundo a agência de notícias Reuters, militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia
Foto do Ministério do Interior da Ucrânia/Divulgação/Agência Anadolu via Getty Images
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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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Pessoas também esperam ônibus em rodoviária na tentativa de deixar Kiev, capital da Ucrânia
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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia
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Dois soldados russos foram levados como prisioneiros pela Ucrânia após a operação militar da Rússia
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Estrutura ficou danificada após ataque de mísseis em Kiev
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Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia
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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha
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A quantidade de aeronaves na base da Força Aérea dos EUA, na Alemanha, aumentou significativamente após os ataques russos à Ucrânia
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No quarto dia do ataque, foi possível ver fumaça subindo pelos prédios após bombardeios. Além disso, explosões e tiros foram relatados na área em torno da capital do país
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Residências de civis foram destruídas e, além da invasão de soldados da Rússia, cidades como Donetsk passaram a ficar sob controle de separatistas pró-russos
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No quinto dia do conflito, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, assinou o contrato de pedido de adesão à União Europeia
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Enquanto isso, cidades continuam sendo destruídas. Em diversas regiões, é possível ver prédios em ruína e cenário apocalíptico
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No sexto dia da invasão, o prédio do governo em Kharkiv foi alvo de um míssil
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O gabinete do governador de Kharkiv ficou destruído após o bombardeio
Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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No sétimo dia do conflito, e após prédios serem completamente destruídos em Kharkiv, russos afirmaram ter tomado Kherson
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Enquanto os ataques russos continuam, civis se abrigam em estações de metrô
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No oitavo dia do conflito, é possível ver o resultado da ocupação de soldados russos em Kharkiv.
Prédios e estruturas ficaram completamente destruídos após ataques
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Em Lviv, civis construíram barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e para ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos
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No nono dia do conflito, a Rússia tomou o controle da maior usina nuclear da Europa, a ucraniana Zaporizhzhia. O local foi bombardeado e pegou fogo. Apesar disso, reatores não foram afetados
Zaporizhzhia Nuclear Power Plant/Anadolu Agency via Getty Images
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No décimo dia da invasão, a Rússia continua o ataque às principais cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, mais de uma semana depois de lançar uma invasão em larga escala do país
Anastasia Vlasova/Getty Images)
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Durante os bombardeios, civis evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de Kiev
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Imagem de um helicóptero russo sendo derrubado por forças ucranianas virou notícia na imprensa mundial
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No 11º dia da ofensiva militar russa, combatentes ucranianos realizam casamentos em meio a ataques de rivais
Vitaliy Klitschko/Reprodução
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Em outra parte do país, soldados tentam salvar a vida de civil jogado no chão após bombardeio russo. Ao lado, estirados, estão os corpos dos familiares da vítima
Andriy Dubchak / dia images via Getty Images
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O 12º dia do conflito foi marcado pela terceira tentativa de negociação entre o governo russo e ucraniano. Apesar de corredores humanitários terem sido um pequeno avanço, segundo negociadores, a guerra continua. Além dos ataques em áreas residenciais, bombardeios incendiaram uma refinaria em Lugansk
Reprodução/ Twitter
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No decorrer do dia, e após ataques russos em Irpin, civis continuaram tentando fugir da Ucrânia
Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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No décimo quarto dia do conflito, forças russas bombardearam uma maternidade e um hospital infantil na cidade ucraniana de Mariupol
Reprodução vídeo/Euronews
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No décimo quinto dia da guerra, moradores de Irpin e Bucha tentaram fugir dos ataques russos através de áreas destruída. Irpin, um subúrbio a noroeste de Kiev, passou por dias de bombardeios contínuos por forças russas que avançavam em direção à capital
Chris McGrath / Equipe/Getty Images
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No décimo sexto dia do conflito é possível ver o resultado da ocupação de soldados russos em Dnipro. Casas e demais estruturas ficaram completamente destruídas após ataques
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No décimo sétimo dia da invasão, civis continuaram tentando deixar cidades que estão sendo bombardeados enquanto outros, que não podem sair de onde estão, lutam para sobreviver ao conflito
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No décimo oitavo dia da guerra, mísseis russos atingiram áreas residenciais em Kharkiv. Civis feridos por bombardeios foram vistos em um hospital da região
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Estruturas ficaram danificadas após ataque de mísseis em Kharkiv
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No décimo nono dia do conflito, a capital ucraniana foi atingida por mísseis russos. Um prédio residencial foi atingido e bombeiros trabalharam para retirar sobreviventes do local. Pelo menos duas pessoas foram mortas e outras dezenas ficaram feridas
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Bombeiros retirando sobreviventes de prédio atacado por forças russas
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No 20º dia do conflito, outro prédio residencial foi bombardeado por russos. Bombeiros tentaram apagar o incêndio que durou várias horas
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Cadáveres de civis foram carregados por ucranianos enquanto bombeiros tentavam apagar fogo do prédio residencial atacado em Kiev
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No 21º dia do conflito, a Ucrânia divulgou mais dois ataques a áreas residenciais nas principais cidades do país. Na capital Kiev, pelo terceiro dia seguido, um prédio civil foi atingido por bombardeios russos. Felizmente o serviço de emergência ucraniano não registrou mortos. Entretanto, em Kharkiv, a segunda maior cidade, explosões fizeram duas vítimas.
Serviço de Emergência da Ucrânia/Facebook
Apesar de não fazer ameaças diretas, o governo russo admitiu a possibilidade de usar armas nucleares, caso ocorra o que autoridades do país chamam de “ameaça existencial”, durante a guerra na Ucrânia. A afirmação foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na terça-feira (22/3), em entrevista ao canal CNN Internacional.
“Temos uma doutrina de segurança interna, e ela é pública. Você pode ler nela todas as razões para o uso de armas nucleares”, afirmou Peskov à jornalista americana Christiane Amanpour.