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Itamaraty explica voto contra texto pedindo soltura de reféns em Gaza

Na OMS, Brasil votou contra a inclusão da liberação de reféns na Faixa de Gaza, em resolução que denunciava o sistema de saúde na Palestina

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Pierre Albouy/OMS
Imagem colorida mostra plenário da Assembleia Geral da OMS durante evento realizado em Genebra, na Suíça - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra plenário da Assembleia Geral da OMS durante evento realizado em Genebra, na Suíça - Metrópoles - Foto: Pierre Albouy/OMS

Dias após o Brasil votar contra a alteração de um texto apresentado na Assembleia Mundial da Saúde da OMS pedindo a libertação de reféns mantidos pelo Hamas, o Ministério das Relações Exteriores explicou a posição brasileira e negou ser contra a liberação imediata de todos os cativos na Faixa de Gaza.

Segundo nota enviada ao Metrópoles, a diplomacia brasileira “reiterou sua posição favorável à libertação de todos os reféns” mantidos pelo Hamas desde a invasão ao território israelense, em 7 de outubro de 2023. Contudo, não julgou o evento um “foro adequado para questões relacionadas à paz e segurança internacionais”.

“O Brasil votou contra a emenda apresentada por Israel durante a Assembleia Mundial da Saúde da OMS por considerar não se tratar do foro adequado para questões relacionadas à paz e segurança internacionais”, esclareceu o Itamaraty.

“A posição brasileira contrária à emenda não diz respeito à libertação de reféns – medida que o Brasil tem defendido como urgentíssima desde o início das hostilidades –, mas ao tratamento de outros temas incluídos no texto”, acrescentou.

A posição oficial da diplomacia brasileira ocorreu quase uma semana após o projeto, apresentado pela Argélia com o apoio de países como Rússia, Colômbia, Cuba, Venezuela, China e Irã, causar divergência na assembleia da OMS realizada em Genebra, na Suíça.

Inicialmente, o projeto de resolução denunciava a situação crítica do sistema de saúde na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada, além da violência e fome em territórios da Palestina.

Durante a sessão, o governo israelense pediu que fosse incluindo no texto a libertação de reféns que ainda estão nas mãos do Hamas e a proibição do uso de instalações médicas por grupos armados da Palestina.

Apesar do voto contrário do Brasil, o pedido de Israel foi acatado por 50 votos favoráveis contra 44. Após a mudança, a resolução inicial foi retirada pelo grupo que apresentou a proposta.

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