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Itamaraty nega repatriar brasileiros feridos em bombardeio no Líbano

Segundo o Itamaraty, a repatriação da família atingida por bombardeio no Líbano só pode acontecer em ocasiões “excepcionais”; entenda

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Foto colorida de Fátima Boussani e filhos - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Fátima Boussani e filhos - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Facebook

Em meio ao drama vivido pela família de brasileiros atingidos por um bombardeios no Líbano, no último sábado (1º/6), o Ministério das Relações Exteriores negou a repatriação de Fatima Boustani e seus quatro filhos para o Brasil.

O Metrópoles teve acesso a uma nota enviada pela embaixada brasileira em Beirute para Ahmad Aidibi, marido e pai dos filhos de Fatima.

Segundo a representação do Brasil no Líbano, a repatriação de cidadãos brasileiros que também possuem outra nacionalidade – como é o caso de Fatima e dos filhos – só pode acontecer em “casos excepcionais”.

“A pedido do Embaixador, venho reiterar que, de acordo com o regulamento consular brasileiro, não se procede à repatriação de brasileiros que também sejam nacionais dos países onde se encontram, salvo em casos excepcionais, a exemplo de repatriações coletivas”, diz um trecho da nota enviada pela embaixada do Brasil no Líbano.

Questionado pela reportagem, o Itamaraty afirmou que segue prestando auxílio a família e que prioriza, no momento, a recuperação dos brasileiros feridos. Confira a íntegra da nota:

O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil no Líbano, tem prestado assistência consular aos brasileiros feridos em ataques no Líbano. 

O atendimento prestado aos brasileiros tem atribuído absoluta prioridade à recuperação dos envolvidos e leva em conta, principalmente, as avaliações realizadas pelas equipes médicas. Como resultado de gestões realizadas pela Embaixada junto às autoridades locais, foi possível transferir cidadã brasileira de Tiro para receber assistência médica em hospital em Beirute. A Embaixada ofereceu, ademais, auxílio aos assistidos para fins de realocação, à luz da situação de segurança no sul do Líbano.

Eventuais pedidos de repatriação serão avaliados conforme orientações das equipes médicas sobre as condições de saúde dos envolvidos e à luz da normativa consular vigente.  Dentre os requisitos da repatriação estão a expressa vontade do nacional em ser repatriado e declaração de hipossuficiência emitida pela Defensoria Pública da União. No caso de menores, é necessário a autorização de ambos genitores. Ademais, somente em casos excepcionais é realizada a repatriação de binacionais que sejam também nacionais dos países onde se encontrem.

 Bombardeio

No último sábado, Fatima foi atingida por um ataque aéreo de Israel no sul do Líbano, junto de dois de seus quatro filhos, em confronto entre forças israelenses e o Hezbollah.

Fatima está em estado gravíssimo após o bombardeio atingir e destruir a casa onde a família morava, na cidade de Siddikine, no sul do Líbano. A filha de 10 anos dela também seguem hospitalizada, enquanto o filho de 9 anos já recebeu alta.

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Filha de 9 anos da brasileira atingida por bombardeio
Filho de 10 anos de Fátima, hospitalizado
Filho de 9 anos da brasileira, atingido por bombardeio no Líbano
Filhos da Fatima/Metrópoles
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Brasileira ferida após ataque no Líbano

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Filha de 9 anos da brasileira atingida por bombardeio

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Filho de 10 anos de Fátima, hospitalizado

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Filho de 9 anos da brasileira, atingido por bombardeio no Líbano

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Filhos da Fatima/Metrópoles

Casada com Ahmad Aidibi há 15 anos, Fatima é libanesa, mas morou no Brasil por alguns anos e conseguiu, junto com os quatro filhos, a nacionalidade brasileira.

Aidibi se mudou recentemente para o Brasil com o objetivo de planejar a mudança da família, ainda neste ano, para São Paulo, onde buscava melhores condições de vida para a esposa e os quatro filhos.

Atualmente, o marido de Fatima mora com um primo em São Paulo, que relatou ao Metrópoles o estado de Aidibi com a negativa do governo brasileiro em repatriar a esposa e os quatro filhos.

“O Aidibi está em estado de choque até agora”, afirmou Hussein Ezzddein. “Ele não come, só fuma… Ele está desesperado, afinal, são crianças né? E ele não consegue fazer nada sozinho sem a ajuda do governo”.

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