Itália atinge a triste marca de 30 mil mortos por coronavírus
Com o número, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, ameaçou fechar novamente os espaços públicos.
atualizado
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A Itália ultrapassou a marca de 30 mil mortes pelo novo coronavírus e se torna o terceiro país a atingir o número desde o início da pandemia mundial. Com a marca, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, ameaçou fechar novamente os espaços públicos.
O dado foi registrado cinco dias após o afrouxamento do isolamento social, realizado após 50 dias da quarentena mais rígida da Europa, com proibição de circulação até mesmo em farmácias e supermercados. Apesar da medida, as autoridades ainda recomendam o distanciamento social e pedem para que sejam evitadas aglomerações.
“As imagens de ontem do Navigli [espaço livre da cidade] foram vergonhosas. Ou as coisas mudam hoje ou amanhã eu estarei aqui no Palácio Marino [sede da prefeitura] e aprovarei as medidas para fechar o Navigli. Vou parar os serviços de delivery, e então vocês poderão explicar às pessoas que trabalham em bares por que o prefeito não as deixa fazer seu trabalho”, ameaçou Giuseppe, em pronunciamento pela internet.
“Isso não é um jogo, não podemos permitir isso em uma cidade de 1,4 milhão de habitantes”, continuou.
A preocupação de Sala com o relaxamento da sociedade perante o afrouxamento é compartilhada pelas autoridades italianas. Em entrevista a um canal de Roma, o chefe do Instituto Nacional de Saúde da Itália, Silvio Brusaferro, recomendou os mesmos cuidados neste período.
“O vírus não mudou sua identidade, ele é transmitido ainda da mesma maneira”, alertou.
A Itália estuda reabrir o comércio no dia 18 de maio. Cafés e restaurantes ainda não têm autorização de servir os clientes na mesa.