“Isso não vai pará-lo”, diz advogado de Donald Trump sobre processo
Advogado do ex-presidente disse que Trump está “triste” com as 34 acusações que enfrenta na Justiça, mas que o proceso “não vai pará-lo”
atualizado
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O advogado de Donald Trump, Todd Blanche, afirmou nesta terça-feira (4/4), que as 34 acusações formais que o ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) enfrenta em processo na Justiça não vão “pará-lo, nem desmotivá-lo”. Trump se declarou inocente em todas as ações de que é alvo.
Ao ser perguntado sobre como Trump reagiu ao seu indiciamento formal na Justiça, Blanche respondeu:
“Qual vocês imaginam que seria a reação dele? É como de qualquer uma pessoa. Ele está frustrado e triste, mas está motivado. Isso não vai pará-lo e nem diminuir a vontade dele de lutar”, disse o advogado à imprensa na saída do Tribunal Criminal de Manhattan, em Nova York.
Donald Trump se apresentou à Justiça no Tribunal Criminal de Manhattan nesta terça para realizar indiciamento formal de processo que enfrenta em Nova York. Segundo a Promotoria, Trump teria organizado um esquema para pagar pelo silêncio de pessoas que pudessem dar declarações danosas para a campanha à Presidência do milionário em 2016.
Ao lado de Joe Tacopina e Susan Necheles, os outros dois advogados de defesa de Trump, Todd Blanche afirmou que a denúncia da Promotoria é “vazia”.
“Hoje não é um dia feliz, estamos muito tristes pelo o que aconteceu (…) é um caso que já vinha se desenrolando nos últimos 4, 5 anos, e na verdade é uma denúncia vazia que não traz nenhum crime federal ou estadual”, afirmou Todd Blanche.
Suborno a atriz pornô
Em entrevista coletiva nesta terça, o promotor do caso, Alvin Bragg, disse que Trump teria organizado o esquema em 2015, às vésperas do ano eleitoral, em conjunto com executivos de sua empresa, seu ex-advogado Michael Coen e terceiros. Segundo a Promotoria, Cohen teria pago US$ 130 mil aos advogados da atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não desse declarações sensíveis sobre Trump.
Bragg ainda diz que Trump teria aberto uma empresa para encobrir os pagamentos de silêncio feitos por Cohen, além dos honorários de seus serviços. As quantias pagas no esquema para suprimir informações eram declaradas como gastos por serviços fictícios, teoricamente realizados por Michael Cohen em 2017 para a empresa.