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Israel x Hamas: trégua e liberação de reféns abrem nova fase da guerra

Israel e Hamas chegaram a um 1º acordo para frear o conflito temporariamente e permitir libertação de reféns a partir de amanhã

atualizado

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Imagem colorida mostra destruição após ataque aéreo na Faixa de Gaza - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra destruição após ataque aéreo na Faixa de Gaza - Metrópoles - Foto: Christopher Furlong/Getty Images

No 48º dia de guerra, a expectativa no Oriente Médio é pelo início do acordo negociado entre Israel e Hamas. Havia uma esperança de que a libertação dos reféns começasse já nesta quinta-feira (23/11), o que acabou frustrado por anúncio do Conselho Nacional de Segurança israelense. Mesmo assim, o processo, que é lento e passa pelos últimos acertos, dá início a um novo capítulo no conflito que assola a região.

O acordo costurado com apoio dos Estados Unidos (EUA), e que contou com a mediação do governo do Catar, negociou a libertação de 50 dos cerca de 240 reféns capturados pelo Hamas. Em troca, o lado israelense concordou em cessar-fogo temporário de quatro a cinco dias e a libertação de prisioneiros palestinos.

Embora o governo de Israel tenha garantido que a libertação dos reféns não ocorrerá antes da próxima sexta-feira (24/11), segue como incerto quando se dará o início do cessar-fogo temporário no conflito. A Al Jazeera reporta que há uma expectativa de que a trégua tenha início já nesta quinta, ainda que a mídia israelense indique o oposto.

As autoridades envolvidas nas negociações se debruçaram sobre os últimos detalhes do acordo. Nesse sentido, o governo de Israel publicou uma lista com os nomes de 300 prisioneiros, dos quais devem ser escolhidos 150 para serem “trocados” pelos reféns.

A mídia israelense, porém, informou que, até a noite de quarta (horário de Brasília), o Hamas não havia disponibilizado a lista de reféns que seriam liberados e que o tratado ainda não tinha a assinatura das partes.

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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense
Vista da destruição no campo de refugiados de Nuseirat, na cidade de Gaza
Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza
Palestino tenta apagar focos de incêndio após bombardeio em Khan Yunis
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Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense

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Vista da destruição no campo de refugiados de Nuseirat, na cidade de Gaza

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Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Palestino tenta apagar focos de incêndio após bombardeio em Khan Yunis

Mohammed Talatene/picture alliance via Getty Images
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Fumaça na Faixa de Gaza é vista do território de Israel

Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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Nuvem de fumaça após bombardeio na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza

Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images
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Na cidade de Deir al Balah, criança anda entre os escombros de prédios destruídos por bombardeios de Israel

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Netanyahu reafirma guerra

Em coletiva de imprensa nessa quarta (22/11), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reafirmou que, após cumprido o cessar-fogo negociado com o Hamas, a guerra continuará. Segundo o líder, o conflito não terá fim enquanto não forem cumpridos os objetivos de destruir os extremistas, libertar todos os reféns e garantir que não haverá novos grupos que ameacem o país.

No discurso, Netanyahu afirmou que as condições para o acordo entre as duas partes do conflito foram criadas pela “pressão massiva” empreendida pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), por meio de bombardeios e incursões terrestres, aliada à questão diplomática. “A combinação de esforços militares e políticos fizeram isso ser possível”, explicou.

Ele ainda classificou o acordo como a decisão correta a ser tomada. Vale lembrar que, nas últimas semanas, cresceu a pressão sobre Netanyahu quanto às ações pela libertação das pessoas capturadas pelo Hamas no último 7 de outubro. Um grupo de familiares e manifestantes, por exemplo, passou a protestar por medidas que visassem a libertação dos reféns.

O portal israelense Haaretz informou que, ao ser questionado durante a coletiva, Netanyahu não respondeu se o cessar-fogo acordado com o Hamas terá validade para as retaliações contra o Hezbollah. “Vamos examinar o que o Hezbollah faz e agiremos de acordo”, alegou.

Acordo

Após dias de expectativa, na madrugada dessa quarta (22/11), pelo horário local, o governo israelense anunciou ter firmado um acordo com o Hamas para a libertação de um grupo de 50 reféns. O acordo prevê que, em troca da libertação gradual de parte dos reféns capturados em Israel, o governo israelense liberte prisioneiros palestinos e promova pausa humanitária na Faixa de Gaza.

O acordo foi anunciado após série de reuniões governamentais na noite dessa terça (horário de Israel). Em meio às negociações pela libertação de reféns, o primeiro-ministro consultou o Gabinete de Guerra e o Gabinete de Segurança para tratar do assunto.

A proposta submetida às autoridades de Israel prevê que sejam soltos 30 menores de 18 anos e 20 mulheres, sendo que oito delas são mães.

Netanyahu observou, em coletiva nesta quarta, que o acordo estabelece que a Cruz Vermelha tenha acesso aos reféns que não estarão entre os que serão libertados e que forneça a eles atendimento médico. O Comité Internacional da Cruz Vermelha, porém, revelou não ter sido informado da medida, mas que agirá assim que acionado.

O acordo promoverá a primeira interrupção na guerra desde a escalada histórica ocorrida no último 7 de outubro. Na data, o Hamas empreendeu um ataque contra Israel, que resultou na morte de mais de 1,2 mil pessoas e levou capturados mais de 200 reféns. A ação resultou no óbito de três brasileiros que estavam na região.

Desde o ataque surpresa, o governo de Israel decretou guerra contra o Hamas e passou a promover bombardeios e incursões terrestres à Faixa de Gaza, região dominada pelo grupo. De acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos passa dos 14 mil.

Reféns libertados

Até o momento, o Hamas libertou quatro reféns. Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan, mãe e filha, respectivamente, foram as primeiras a receberem liberdade, em 20 de outubro. Ambas têm cidadania americana, e estavam em Israel para visitar um parente, quando acabaram capturadas.

Judith e Natalie foram entregues à Cruz Vermelha Internacional e, após isso, se encontraram com tropas de Israel. O Hamas informou, em um comunicado, que elas foram liberadas por motivos humanitários e para contrariar acusações do governo dos EUA.

Em 23 de outubro, o grupo libertou outras duas mulheres, de nacionalidade israelense, identificadas como Nurit Yitzhak, 79 anos, e Yochved Lifshitz, 85, e teriam sido liberadas pelo grupo também por razões humanitárias. Ambas saíram da Faixa de Gaza para o Egito.

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