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Israel x Hamas: sessão de Conselho da ONU termina sem votar resolução

Na reunião desta segunda (30/10), as delegações discursaram sobre a necessidade da construção de um texto que garanta ajuda humanitária

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Imagem colorida mostra reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas - Metrópoles - Foto: Michael M. Santiago/Getty Images

A sessão de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) desta segunda-feira (30/10) terminou sem votar uma resolução para frear o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. As tratativas para a formulação de um novo texto seguem nos bastidores.

A reunião de emergência, que reuniu as delegações de 15 países em Nova York (EUA), na tarde desta segunda-feira (30/10), foi convocada pelos Emirados Árabes Unidos, diante da investida terrestre de Israel contra a Faixa de Gaza.

Desde a escalada do conflito entre Israel e Hamas, o colegiado votou quatro propostas de resolução, mas nenhuma passou. Os países, apesar de convergirem na necessidade de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, divergem sobre itens como a condenação direta ao Hamas e ao direito de autodefesa de Israel, com ataques ao território palestino.

A principal atribuição do conselho é agir em prol da manutenção da paz e da segurança internacionais. Com base nas deliberações, o colegiado pode decidir, por exemplo, ordenar operações militares internacionais, aplicar sanções e criar missões de paz.

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Um míssil atinge atrás de um minarete em Gaza
Mulheres soldados de Israel são vistas dirigindo um veículo blindado de transporte de pessoal no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza
Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza
Devido ao corte de eletricidade de Israel e não permitindo o fornecimento de combustível, Gaza mergulhou na escuridão e o céu foi frequentemente iluminado pelas bombas lançadas
Visão geral de Gaza mostrando edifícios destruídos durante o bombardeio israelense
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Fumaça sobe após ataques aéreos de Israel no bairro de Tel el-Hawa, no 24º dia de conflito na Faixa de Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Um míssil atinge atrás de um minarete em Gaza

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Mulheres soldados de Israel são vistas dirigindo um veículo blindado de transporte de pessoal no sul de Israel, perto da fronteira com Gaza

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Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza

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Devido ao corte de eletricidade de Israel e não permitindo o fornecimento de combustível, Gaza mergulhou na escuridão e o céu foi frequentemente iluminado pelas bombas lançadas

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Visão geral de Gaza mostrando edifícios destruídos durante o bombardeio israelense

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A fumaça sobe e aumenta em diferentes regiões de Gaza enquanto o exército israelense conduz os ataques aéreos mais intensos no 21º dia na Faixa de Gaza

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Medidas frustradas

Desde a escalada do conflito entre Israel, o Conselho de Segurança da ONU votou quatro resoluções sobre o conflito entre Israel e o Hamas. A primeira a ser votada foi uma resolução apresentada pela Rússia, que não passou. O segundo, de autoria do Brasil, garantiu maioria dos votos, mas acabou vetado pelos Estados Unidos.

Na última quarta-feira (30/10), uma nova votação tomou lugar no Conselho de Segurança, em que se votou uma resolução apresentada pelos Estados Unidos e outra da Rússia. O texto americano recebeu os vetos da Rússia e China, enquanto a minuta russa não atingiu a maioria dos votos.

O ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, discursou durante a sessão desta segunda (30/10) e questionou: “Se não agirmos agora, quando agiremos?”. De acordo com o chanceler brasileiro, o tempo para lidar com a crise humanitária instalada em Gaza e evitar que mais civis morram está acabando.

O ministro destacou que nada justifica os crimes cometidos no último dia 7/10, e destacou que os reféns precisam ser libertos. Mas também ressaltou que “a situação em Gaza é extremamente chocante e indefensável sob qualquer qualquer padrão humano e sob o direito humanitário internacional”.

Resolução da Assembleia-Geral

O Conselho de Segurança foi instituído no ato da criação da ONU, em 1946. O órgão é composto por 15 membros das nações unidas. São permanentes apenas China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos — países que figuraram como os grandes vitoriosos da 2ª Guerra Mundial.

Na última sexta-feira (27/10), a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução que pede uma trégua humanitária no conflito entre Israel e o Hamas. Diferentemente do que é decidido no Conselho de Segurança, a resolução aprovada pela Assembleia Geral-tem caráter recomendatório, ou seja, os envolvidos no conflito não são obrigados a acatá-la.

O texto aprovado é de autoria da Jordânia e contou com o apoio de mais de 40 países, entre eles Egito, Omã e Emirados Árabes Unidos. Além de pedir a interrupção dos ataques, a resolução defende a garantia de ajuda humanitária.

A minuta apresentada pelos países árabes, porém, não tinha uma condenação direta à ação do Hamas em 7 de outubro. Uma emenda apresentada pela delegação do Canadá, que era apoiada pelos Estados Unidos, propunha a medida, mas não passou.

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