Israel x Hamas: ONU investigará agência após acusações sobre ataque
As Forças Armadas de Israel acusam funcionários da ONU de ajudarem os extremistas do Hamas no ataques de 7 de outubro
atualizado
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Nesta segunda-feira (5/2), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, nomeou um grupo que irá avaliar a resposta dada pela Agência de Ajuda aos Refugiados Palestinos (Unrwa) sobre acusações de que funcionários participaram do ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra entre Israel e o Hamas.
De acordo com informações da ONU News, o grupo é liderado pela ex-ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna. As apurações começam em 14 de fevereiro e um relatório provisório deve ser apresentado em março.
A apuração busca identificar os mecanismos e procedimentos que a Unrwa dispõe para garantir a resposta às acusações.
Outra investigação está em curso no Escritório de Serviços de Supervisão Interna da ONU. As Forças Armadas de Israel acusam funcionários da Unrwa de participaram do ataque promovido pelo Hamas em 7 de outubro. O caso foi revelado pelo The New York Times.
De acordo com a publicação, os militares israelenses acusam os funcionários da ONU por crimes como sequestro, entrega de munição e participação nos ataques que resultaram na morte de israelenses. A acusação fez com que países suspendessem repasses à agência.
À época das acusações, o secretário-geral, António Guterres, afirmou que teve conhecimento dessas notícias “extremamente graves” através do comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, e que “está horrorizado”.
Guerra
A ofensiva israelense teve início após o ataque surpresa promovido pelo Hamas em 7 de outubro. Na ocasião, o grupo extremista matou 1,2 mil pessoas e levou cerca de 240 reféns.
Desde então, o governo de Israel promove uma ofensiva, com bombardeios e incursões terrestres à Faixa de Gaza, território que é dominado pelo Hamas.
Conforme relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, sigla em inglês) de 4 de fevereiro, a guerra resultou em cerca de 27,3 mil mortos, somados ambos os lados.
Com informações da ONU News, parceira do Metrópoles.