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Israel x Hamas: EUA vetam resolução no Conselho de Segurança da ONU

O texto apresentado pelos Emirados Árabes buscava a aplicação de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas

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1 de 1 Imagem colorida mostra o conselho de segurança da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque eua - Metrópoles - Foto: Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Os Estados Unidos (EUA) vetaram mais uma resolução que pedia um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. A minuta garantiu a maioria dos votos, mas acabou derrubada diante do veto.

A minuta de resolução, apresentada pelos Emirados Árabes ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pedia a implementação de “um cessar-fogo humanitário imediato”. De acordo com a delegação norte-americana, faltou no texto uma condenação direta às ações do Hamas no ataque de 7 de outubro.

A votação terminou com o seguinte placar: 13 votos a favor, uma abstenção e um voto contra. A posição contrária dos EUA rendeu o veto ao texto, já que o país é um membro permanente do colegiado.

O representante da delegação norte-americana afirmou que as recomendações do país para elaboração do texto foram ignoradas. O embaixador Robert Wood classificou a minuta como desequilibrada e “divorciada da realidade”.

A reunião ocorreu em resposta à iniciativa do secretário-geral da ONU, António Guterres, de invocar o artigo 99, da Carta das Nações Unidas. O mecanismo prevê que o secretário-geral pode chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer assunto que considere ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais.

“Enfrentamos um grave risco de colapso do sistema humanitário. A situação está a deteriorar-se rapidamente para uma catástrofe, com implicações potencialmente irreversíveis para os palestinianos no seu conjunto e para a paz e segurança na região. Tal resultado deve ser evitado a todo custo”, escreveu em carta enviada ao colegiado.

Decisão anterior

Em 16 de novembro, o Conselho aprovou uma resolução que tratava do conflito. A proposição, embora com tom mais ameno, intercedia pela interrupção do sofrimento das crianças que estão em meio ao conflito que ocorre no Oriente Médio.

A medida pedia a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns” e rejeitava o deslocamento forçado de populações civis. Além disso, buscava garantir o acesso a suprimentos de primeira necessidade aos palestinos.

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Outras minutas

Sob a presidência do Brasil, em outubro, o conselho votou quatro minutas para intervir no conflito. Além da proposta brasileira, outras três entraram em apreciação, sendo duas da Rússia e outra dos Estados Unidos, mas nenhuma passou.

O texto apresentado pelo Brasil, ao atingir 12 votos positivos, garantiu o apoio da maioria do colegiado. A medida não passou por oposição dos Estados Unidos, que é membro permanente e, portanto, tem poder de veto.

A resolução articulada pelo Brasil pedia uma pausa humanitária para permitir o fornecimento rápido e desimpedido de ajuda, bem como o envio contínuo de bens essenciais aos civis, como artigos médicos, água e alimentos. A falta de um trecho que citasse o direito de defesa de Israel motivou o veto americano.

O Conselho de Segurança foi instituído no ato da criação da ONU, em 1946. O órgão é composto por 15 membros das nações unidas. São permanentes apenas China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos — países que figuraram como os grandes vitoriosos da 2ª Guerra Mundial.

A principal atribuição do conselho é agir em prol da manutenção da paz e da segurança internacionais. Com base nas deliberações, o colegiado pode decidir, por exemplo, ordenar operações militares internacionais, aplicar sanções e criar missões de paz.

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