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Israel volta a atacar sul do Líbano antes de fala de Netanyahu na ONU

Desde segunda-feira (23/9), os bombardeios israelenses deixaram ao menos 700 mortos no Líbano e centenas de feridos

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1 de 1 Imagem colorida de prédio em destroços após bombardeio israelense em Beirute, Líbano - Metrópoles - Foto: Stringer/picture alliance via Getty Images

Israel realizou novos bombardeios no sul do Líbano nesta sexta-feira (27/9), ignorando os pedidos de seus aliados ocidentais para um cessar-fogo. Os ataques ocorrem antes de um aguardado discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu na ONU, em Nova York.

Pelo quinto dia consecutivo, o exército israelense afirmou ter visado alvos do grupo armado libanês Hezbollah. Na véspera, os ataques deixaram 92 mortos e 153 feridos no Líbano, e atingiram também pontos da capital Beirute. O chefe da unidade de drones do Hezbollah, Mohammed Srour, morreu em um dos bombardeios.

Entre as vítimas, dois brasileiros: o Itamaraty confirmou, nessa quinta-feira (25/9), as mortes de Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e seu pai, de nacionalidade paraguaia, após um foguete atingir a cidade de Kelya.

Outra vítima seria uma adolescente de 16 anos, identificada como Mirna Raef Nasser. A morte foi anunciada por um familiar da brasileira, em entrevista à GloboNews, nessa quinta.

A agência oficial síria de notícias Sana indicou nesta manhã que cinco militares sírios morreram em um ataque israelense em sua região fronteiriça com o Líbano. Segundo autoridades de Israel, “infraestruturas ao longo da fronteira são utilizadas pelo Hezbollah para transferir armas da Síria ao Líbano”.

O exército israelense também informou nesta sexta que drones e outros projéteis vindos do território libanês foram interceptados por seu sistema aéreo de defesa. O Hezbollah confirmou ter lançado foguetes em direção ao norte de Israel.

Desde segunda-feira (23/9), os bombardeios israelenses deixaram ao menos 700 mortos no Líbano e centenas de feridos. Segundo a ONU, mais de 90 mil pessoas tiveram de deixar suas casas no país. Entre elas, mais de 31 mil fugiram para a Síria.

Pressão dos países ocidentais

Diante da violenta escalada militar que ameaça mergulhar o Oriente Médio em uma nova guerra, os Estados Unidos e a França, apoiados por vários países ocidentais e árabes, fazem um apelo por um cessar-fogo de 21 dias. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu na quinta-feira (26) que seu exército continuará o combate contra o Hezbollah “com toda a força necessária”. O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, reforçou que a ofensiva terá seguimento “até a vitória”.

O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou que será “um erro” de Israel a recusa do cessar-fogo proposto e que Netanyahu poderia ser responsabilizado pela escalada de violências regional.

o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se encontrou na quinta-feira com o ministro israelense das Questões Estratégicas, Ron Dermer, e sublinhou que a continuidade dos ataques “tornará mais difícil o retorno dos cidadãos israelenses e libaneses” às suas casas.

Netanyahu discursa nesta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU, que teve início na terça-feira (24/9) em Nova York. Apesar da expectativa sobre sua fala, o premiê não deve surpreender. Desde que desembarcou nos Estados Unidos, Netanyahu descartou qualquer possibilidade de colocar um fim aos bombardeios israelenses no Líbano “enquanto os objetivos não forem atingidos”.

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