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Israel decidiu apelar da decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, informou o gabinete do primeiro-ministro israelense, nesta quarta-feira (26q11).
Benjamin Netanyahu, afirmou que “Israel notificou hoje o Tribunal Penal internacional sobre a intenção de recorrer desta decisão. Israel também pretende pedir o adiamento da execução dos mandados“.
No Congresso americano, a senadora republicana Lindsey Graham está apresentando “uma série de medidas contra o Tribunal Penal Internacional e os países que cooperam com ele”, acrescentou Netanyahu.
Mandado de prisão
Na semana passada, o TPI emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade supostamente cometidos na Faixa de Gaza.
A corte também emitiu, numa decisão separada, um mandado de prisão para o líder palestino do Hamas, Mohammed Deif, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade supostamente cometidos em Israel e na Faixa de Gaza.
Após a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, os habitantes do norte de Israel puderam saborear um pouco de tranquilidade, ainda que a trégua possa parecer frágil para muitos.
Depois de mais de um ano correndo para os abrigos quando as sirenes soavam, as lojas abriram, os ônibus voltaram a circular e as pessoas voltaram às ruas. Em Nahariya, uma cidade costeira ao alcance de foguetes do território libanês, a cerca de dez quilômetros de distância da fronteira, a vida parecia ter voltado ao normal.
As escolas, no entanto, continuaram fechadas e a população segue apreensiva. “É claro que há um alívio sabendo que um ataque não vai acontecer a qualquer momento, como ontem ou anteontem”, disse Shimon Porat, um morador de 62 anos. “Mas eu ficaria realmente aliviado se todos ao longo da fronteira norte voltassem para casa”, acrescentou o homem.
Volta para casa
Cerca de 60 mil pessoas deslocadas pelos confrontos ainda aguardam para voltar para as suas casas no norte de Israel.
“Me sinto muito melhor agora que eu sei que existe um cessar-fogo”, reforça Baha Arafat, outro comerciante de 44 anos. “Não há abrigo na área e os últimos dias foram tensos”, lamenta.
O movimento xiita Hezbollah entrou em confronto contra Israel em 8 de outubro de 2023, alegando apoiar o grupo Hamas, um dia após o ataque do movimento islâmico palestino contra Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.