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Israel tem que “se defender”, diz diplomata sobre ataques em Gaza

Foram registrados ao menos 55 mortos no confronto entre Israel e o grupo islâmico Hamas; 49 vítimas são palestinas

atualizado

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Chefe do departamento político da embaixada do país no Brasil, David Atar
1 de 1 Chefe do departamento político da embaixada do país no Brasil, David Atar - Foto: Divulgação

Primeiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores de Israel e chefe do departamento político da embaixada do país no Brasil, David Atar afirmou, nessa terça-feira (11/5), em entrevista ao Metrópoles, que o país precisa “reagir e se defender” dos ataques feitos pelo grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, na Palestina.

Apesar disso, o diplomata afirmou que Israel busca paz o mais rapidamente possível com os palestinos e, assim, cessar a troca de bombardeios.

“Eles não lançam foguetes para uma base do Exército israelense. Eles lançam os ataques, principalmente, contra civis. E isso é uma coisa inaceitável, em qualquer lugar do mundo. É uma coisa radical. A cada três minutos um foguete está chegando. Então, é uma situação onde Israel tem que reagir, tem que se defender. Mas queremos paz”, justifica Atar.

Jerusalém, Tel Aviv e a Faixa de Gaza voltaram a ser palco de um conflito sangrento desde domingo.

Nos últimos dias, centenas de pessoas ficaram feridas e dezenas morreram após palestinos e policiais israelenses entrarem em confronto devido a manifestações contra o despejo de famílias da capital – Nahalat Shimon, uma organização de colonos com sede nos Estados Unidos, tenta expulsar os palestinos que vivem no bairro Sheikh Jarrah desde 1956.

Até a tarde desta quarta-feira (12/5), horário de Brasília, ao menos 49 palestinos – entre eles, 13 crianças – e seis israelenses morreram. Israel realizou também vários ataques aéreos na Faixa de Gaza, derrubando um prédio de 13 andares, e o Hamas disparou foguetes contra Tel Aviv.

“A situação é muito grave”, admite Atar, ao recordar que, pouco antes da conversa, Tel Aviv havia sido atacada.

O diplomata contesta a informação repassada pelo governo de Gaza sobre a morte de civis palestinos devido aos ataques israelenses. “Confirmamos que, de toda a lista, 15 pessoas foram confirmadas como operadoras do Hamas e Jihad Islâmico”, relatou David.

O primeiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores também afirma ser necessário chegar a um acordo diplomático o mais rapidamente possível. Segundo ele, a escalada de violência tem paralisado a vida em Israel, onde escolas foram fechadas, e em Gaza.

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A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes palestinos no local sagrado
Forças de segurança israelenses e palestinos entram em confronto
Homens carregam um ferido durante confronto entre as forças de segurança israelenses e palestinos em frente à Mesquita Cúpula da Rocha, no complexo da Mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em Israel
Israel bombardeia prédio
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Pelo menos 300 palestinos ficaram feridos nos confrontos

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A polícia israelense entrou em confronto com manifestantes palestinos no local sagrado

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Forças de segurança israelenses e palestinos entram em confronto

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Homens carregam um ferido durante confronto entre as forças de segurança israelenses e palestinos em frente à Mesquita Cúpula da Rocha, no complexo da Mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, em Israel

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Israel bombardeia prédio

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Israel convocou 5 mil soldados da reserva para o combate. Também nesta terça-feira, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que o “Hamas e a Jihad Islâmica pagarão um preço muito alto por sua agressão”.

“Estou lhe dizendo mais uma coisa esta noite, essa campanha vai levar tempo. Com determinação, unidade e poder, restauraremos a segurança dos cidadãos de Israel”, prosseguiu o primeiro-ministro israelense, que é aliado político do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Os Estados Unidos são um parceiro importante para Israel. Os americanos já falaram que têm todo o interesse de promover paz no Oriente Médio. Já tivemos alguns avanços maravilhosos. Israel agora tem paz com Emirados Árabes, Sudão, Marrocos”, pondera Atar.

“Temos essa ideia de avançar ainda mais, e esperamos que o mesmo aconteça com os palestinos. Agora, precisamos de uma liderança palestina que vai fazer esse compromisso. Terão que entender que temos que conviver juntos”, conclui.

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