Israel tem protesto de mais de 250 mil pessoas contra reforma judicial
Segundo os organizadores, cerca de 258 mil pessoas protestaram nas ruas de Tel Aviv. Este é o 14º final de semana de manifestações
atualizado
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Mais de 250 mil pessoas protestaram em Israel neste sábado (8/4) contra a reforma judicial, proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Este é o 14º final de semana de manifestações contra o projeto.
Segundo os organizadores, cerca de 258 mil pessoas protestaram nas ruas de Tel Aviv, um dia depois de um atentado que deixou um morto e cinco feridos na cidade. Também foram registradas movimentações de menor porte em Jerusalém, Haifa, no norte, e Kfar Saba, na região central. As autoridades policiais não divulgaram um número oficial de manifestantes.
A reforma do Judiciário proposta por Benjamin Netanyahu tem sido muito criticada e é vista como um aumento do poder político sobre a Justiça, dando mais controle do Parlamento sobre o Judiciário do país. Se aprovada, a reforma permitiria, por exemplo, que o Parlamento anulasse decisões da Suprema Corte.
“Salvem a democracia”, “liberdade para todos” ou “Netanyahu nos levará à guerra” foram algumas das mensagens que puderam ser lidas nos cartazes exibidos na manifestação. Desde janeiro, dezenas de milhares de israelenses protestam todos os sábados contra a reforma, que dá mais força ao Executivo em detrimento do poder Judiciário, permitindo que o Parlamento revogue uma decisão da Suprema Corte.
Na última semana, Netanyahu se manifestou nas redes sociais com poucas palavras: “Peço a todos os manifestantes em Jerusalém, à direita e à esquerda, que ajam com responsabilidade e não usem violência. Somos todos irmãos”.
Na ocasião, ele anunciou uma “pausa” no andamento do projeto no Legislativo para dar uma “oportunidade de diálogo”.