Israel prende membros do Hamas e fala em cerca de 600 alvos atingidos
No total de operações de Israel na Faixa de Gaza, mais de 1 mil pessoas teriam sido presas. Guerra chega a 9.161 mortos
atualizado
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Israel afirma ter prendido e eliminado diversos alvos do grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza, no período que compreende a noite de domingo (29/10) e a madrugada desta segunda-feira (30/10). Entre os alvos, estaria uma universidade pública e o membro de um grupo derivado da Jihad Islâmica. Estima-se em torno de 63 pessoas detidas. O número de vidas perdidas no conflito chega a 9.161 pessoas, entre israelenses, estrangeiros e palestinos.
A Força Aérea de Israel afirma que atacou cerca de 600 alvos no domingo, incluindo os que estariam na região da Universidade de Al-Azhar, localizada no centro da Faixa de Gaza, e locais onde haveria estoque de armas e esconderijos para membros do grupo Hamas. O saldo seria em torno de 51 pessoas presas na região da Judéia e Samaria, 38 dessas sendo membros confirmados do grupo.
A justificativa para o ataque na região próxima à instituição de ensino pública seria de que um míssil antitanques estaria sendo carregado no local.
E mais: as Forças de Defesa de Israel (IDF) prenderam 12 membros do Hamas em vários vilarejos e “eliminaram” um militante da brigada Jenin chamado Wiam Hanon. A brigada Jenin foi fundada por um membro da Jihad Islâmica.
De acordo com informações divulgadas pelo IDF, desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando os terroristas do Hamas mataram milhares de pessoas em território israelense, mais de mil procurados foram presos – 700 teriam ligação com o grupo extremista.
Veja o momento do ataque da Força Aérea de Israel:
צה”ל המשיך במהלך הלילה בהרחבת הפעילות הקרקעית ברצועת עזה.
בהיתקלויות עם מחבלים ברצועת עזה, חיסלו לוחמי צה”ל עשרות מחבלים אשר התבצרו במבנים וניסו לפגוע בכוחות. במהלך אחד מהאירועים, כלי טיס בהכוונת הלוחמים בשטח תקף מבנה כינוס של ארגון הטרור חמאס ובו מעל ל-20 מחבלים. pic.twitter.com/1sNuI7WxPe
— Israeli Air Force (@IAFsite) October 30, 2023
Mortes em Israel e na Faixa de Gaza
Os bombardeios deixaram cerca de 45% de todas as casas da Faixa de Gaza danificadas ou destruídas, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). A organização ainda emitiu avisos de escassez “catastrófica” de alimentos. Esses dados foram divulgados durante a Assembleia Geral da ONU, na última terça-feira (24/10), pela relatora especial para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados da Palestina, a italiana Francesca Albanese.
O diplomata da ONU que criticou Israel, Mohamad Safa, chegou a relatar nas redes sociais que estaria com medo de sofrer um “silenciamento” das forças secretas, chamadas Mossad, após ser ameaçado (não há informações se de forma anônima ou não) por fazer críticas ao país.
Veja:
I’m receiving serious threats that Mossad can assassinate me, just in case anything happens to me, you know!
— Mohamad Safa (@mhdksafa) October 28, 2023
O número de mortos na Faixa de Gaza está em 7,6 mil, e são mais de 19,4 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH). Desses números, 70% seriam mortes de mulheres e crianças. A estatística chega a 1,9 mil feridos e 111 mortos na Cisjordânia. Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 9.161 vidas perdidas no Oriente Médio só neste mês.
Apesar da situação alarmante, o embaixador brasileiro afirmou ter segurança de que os prédios com brasileiros não seriam afetados. Contudo, o grupo Hamas chegou a divulgar que 50 reféns foram mortos durante os bombardeios de Israel na quinta-feira (26/10).
Na manhã da quinta-feira (26/10), nove países árabes se posicionaram contra os ataques de Israel promovidos na Faixa de Gaza. Já na última terça-feira (25/10), Israel inclusive reagiu às falas do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O aumento da tensão na região tem sido cada vez mais visível, principalmente devido aos conflitos com os grupos Hamas e Hezbollah.