Israel mira Rafah após matar mais de 10 mil homens do Hamas
Próxima etapa da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas segue ainda mais ao sul da Faixa de Gaza
atualizado
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Em mensagem publicada na noite de quinta-feira (1º/2), Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, afirmou que as Forças de Defesa do país mataram mais de 10 mil combatentes do Hamas na região de Khan Yunis, além de deixar mais de 10 mil feridos.
“A Brigada Khan Yunis da organização Hamas foi dissolvida”, apontou Gallant, que adiantou para onde a guerra contra o grupo extremista vai agora: Rafah.
A cidade se tornou conhecida por ligar a Faixa de Gaza e o Egito, sendo usada para troca de reféns, saída de feridos e migrantes e porta de entrada para mantimentos.
De acordo com os cálculos do governo e da mídia local, entre 56% e 75% das forças do Hamas estão fora de serviço, considerando que os combatentes do grupo giravam em torno de 30 mil e 40 mil antes do dia 8 de outubro.
Naquele dia, os extremistas entraram em território israelense e mataram milhares de civis e militares.
“A grande pressão que as forças [israelenses] exercem sobre os alvos do Hamas aproxima-nos do regresso dos raptados, mais do que qualquer outra coisa. Continuaremos até o fim, não tem outro jeito”, continuou Gallant.
O ministro não deixou claro que se houve alguma ação mais importante durante a última semana para declarar a vitória em Khan Yunis. Oficialmente, as Forças de Defesa de Israel também não declararam o fim das atividades na cidade, como havia sido feito em Gaza, entre o fim de dezembro e o início de janeiro.
Israel vai para Rafah
De qualquer forma, o ministro adiantou que o palco dos combates segue para Rafah. Nos bastidores, há realmente a informação de que diversas lideranças do Hamas saíram de Khan Yunis e se mudaram para Rafah.
Os militares têm expandido continuamente a sua campanha para sul, para áreas onde anteriormente disseram aos palestinianos para fugirem em busca de segurança, matando muitos civis, a maioria deles mulheres e crianças.
Rafah é a cidade mais ao sul de Gaza e não há nenhum lugar para onde os civis possam ir, já que Israel e o Egito não os deixarão sair do território. Cerca de 85% dos 2,2 milhões de habitantes de Gaza já saíram de suas casas. Rafah, superlotada, acolhe agora mais de 1 milhão de pessoas.