Israel nega autoria de ataque a hospital e culpa Jihad Islâmica
De acordo com informações divulgadas pelo governo da Palestina, ataque teria resultado na morte de mulheres e crianças em Gaza
atualizado
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O governo de Israel publicou uma nota oficial informando que não se responsabiliza pelo ataque a um hospital na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17/10), que vitimou mais de 500 pessoas, conforme autoridades palestinas. Segundo informações de inteligência israelenses, o bombardeio teria sido, na verdade, um lançamento “fracassado” da organização Jihad Islâmica Palestina.
“A partir da análise dos sistemas operacionais das FDI, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido”, diz o texto.
A mensagem prossegue: “De acordo com informações de inteligência, provenientes de diversas fontes de que dispomos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo tiroteio fracassado que atingiu o hospital”.
A Jihad é uma organização militante que desempenha importante papel no conflito entre Israel e Palestina. Fundada na década de 1980, ela é conhecida pela postura radical e pelas ligações estreitas com o Irã.
A Jihad Islâmica tem como objetivo central a destruição de Israel e a criação de um Estado palestino islâmico. Os membros da Jihad defendem a resistência armada como meio legítimo de alcançar êxito nos seus propósitos.
Ao menos 50o pessoas morreram em um bombardeio contra um hospital na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17/10). A informação, segundo a agência de notícias Al Jazeera, foi passada pelo Ministério da Saúde da Palestina. Autoridades locais culparam o governo israelense pela tragédia.
O ataque contra o hospital al-Ahli Arab Hospital foi classificado pelas autoridades palestinas como um “crime de guerra”.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto de três dias diante do ataque ao hospital. A informação é da agência oficial WAFA, que confirmou “um grande número de pessoas mortas e feridas”.