Israel mediará diálogo com Rússia, diz autoridade ucraniana
Além do auxílio do diálogo pelo fim do conflito armado, o país dará apoio em questões humanitárias
atualizado
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Na manhã desta segunda-feira (14/3), o chefe da Administração Presidencial ucraniana, Andriy Yermak, informou, por meio de uma rede social, que Israel mediará um diálogo pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
De acordo com Yermak, o governo ucraniano está em “contato constante” com o presidente do Conselho de Segurança de Israel, Eyalem Hulata. Além do auxílio do diálogo pelo fim do conflito armado, o país dará apoio em questões humanitárias.
Brent Renaud: quem era o jornalista americano morto na Ucrânia
“Israel assumiu uma missão complexa, mas nobre, de um intermediário em busca da paz e do fim da agressão russa contra a Ucrânia. Também temos um diálogo intenso com Israel sobre a sua participação na composição humanitária”, escreveu Yermak.
De acordo com a autoridade ucraniana, Israel deixará refugiados ucranianos entrarem no país. “Os primeiros resultados já foram alcançados: como parte da evacuação, Israel começará a deixar entrar familiares dos ucranianos que já estão neste país. Agradeço aos meus colegas e espero o sucesso dos nossos esforços diplomáticos conjuntos”, concluiu.
Veja a publicação:
Negociações e ataques
As negociações entre os dois países continuam nesta segunda-feira (14/3). Ambos os lados mantêm o que os especialistas chamam de “otimismo cauteloso”. Mykhailo Podoliak, conselheiro presidencial ucraniano, confirmou que as tratativas vão ocorrer por videochamada.
A Ucrânia emitiu alerta de ataque aéreo em, ao menos, 19 das 24 regiões do país no domingo (13/3). As informações são do jornal The Kyiv Independent. Diante dessa possibilidade, o governo ucraniano recomendou que os moradores seguissem para abrigos próximos imediatamente.
Ainda no domingo, o ministro da Saúde ucraniano, Viktor Lyashko, divulgou um balanço sobre os ataques a hospitais. Pelo menos sete centros médicos e 34 ambulâncias foram alvo de bombardeios russos.
Outra baixa desse domingo foi a do jornalista americano Brent Renaud, de 50 anos, morto na cidade de Irpin, nos arredores de Kiev. Ele era conhecido por ser um cineasta com experiência na cobertura de diversos conflitos pelo mundo.