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Ataque do Irã a Israel amplia o caos na região e eleva tensão global

Em quase um ano, conflito na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas se alastrou e já envolve países como Líbano, Irã, Iêmen, Iraque e Síria

atualizado

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Imagem colorida de mísseis lançados contra Israel pelo Irã - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mísseis lançados contra Israel pelo Irã - Metrópoles - Foto: Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

Prestes a completar um ano, a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas se alastrou pelo Oriente Médio e ampliou o caos regional, envolvendo diretamente países como Irã, Líbano, Iêmen, Iraque, Síria no conflito.

O mais recente episódio aconteceu na terça-feira (1º/10), quando o território israelense foi alvo de ataque do Irã.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), 180 mísseis foram disparados pelos iranianos contra Israel, chegando a atingir a capital, Tel Aviv, e Jerusalém. A maioria deles, no entanto, foi abatida pelo sistema de defesa aéreo do país.

O regime iraniano chamou a ofensiva de uma ação “legal, racional e legítima” em resposta ao assassinato de importantes lideranças do Hamas e Hezbollah.

Além do Irã, acusado por Israel de estar por trás de ações do chamado “eixo da resistência” na região, a explosão da guerra na Faixa de Gaza trouxe atores locais para o caos no Oriente Médio.

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Tel Aviv foi atingida por um número entre 200 e 500 mísseis
Apenas 10 minutos após a primeira rajada de bombas, uma segunda onda de mísseis foi lançada sobre Jerusalém
Israel encerrou viagens aéreas dentro e fora do país
Sirenes de alerta estão soando na cidade sagrada de Jerusalém e na capital de Israel
Céu de Tel Aviv durante os ataques
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Ataque aéreo em Tel Aviv, capital de Israel

Magen David Adom - Folheto/Anadolu via Imagens Getty
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Tel Aviv foi atingida por um número entre 200 e 500 mísseis

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Apenas 10 minutos após a primeira rajada de bombas, uma segunda onda de mísseis foi lançada sobre Jerusalém

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Israel encerrou viagens aéreas dentro e fora do país

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Sirenes de alerta estão soando na cidade sagrada de Jerusalém e na capital de Israel

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Céu de Tel Aviv durante os ataques

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Pelo menos 200 mísseis foram disparados contra Israel

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Ataque do Irã foi anunciado

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Israel afirmou, antes de ataque, estar de prontidão

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Hezbollah no Líbano

O Hezbollah foi um dos primeiros a anunciar apoio ao Hamas, e desde outubro de 2023 tem lançados ataques contra posições israelenses na fronteira.

A estimativa é que mais de 60 mil israelenses foram forçados a deixar o norte do país – onde está localizada a região fronteiriça – após o início das agressões.

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Área atingida após o ataque aéreo do exército israelense
Carro junto de destroços
Equipes de resgate vasculham escombros no local de um ataque israelense, Beirute
Equipes de resgate vasculham escombros em local de um ataque israelense
Operações de busca e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute
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Carros, que se tornaram inutilizáveis, ​​em área danificada por ataque enquanto os oficiais usam equipamentos pesados ​​de construção para remover destroços no Líbano

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Área atingida após o ataque aéreo do exército israelense

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Carro junto de destroços

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Equipes de resgate vasculham escombros no local de um ataque israelense, Beirute

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Equipes de resgate vasculham escombros em local de um ataque israelense

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Operações de busca e resgate de vítimas de bombardeio israelense em Beirute

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Oficiais usam equipamento de construção para remover destroços após o ataque aéreo do exército israelense no distrito de Dahiyeh, no sul de Beirute

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A intensificação da violência entre os dois lados já causou a morte de milhares de civis no Líbano, além de baixas importantes nas principais fileiras do grupo xiita, como o ex-líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah.

Nas últimas semanas, a situação escalou e provocou invasão terrestre de forças israelenses no Líbano. Segundo o governo de Benjamin Netanyahu, o endurecimento das ações visa reestabelecer a segurança na região para garantir o retorno de cidadãos israelenses que deixaram o norte do país.

Houthis no Iêmen

Os Houthis, que fazem parte do chamado eixo da resistência, são outro grupo que iniciaram uma série de ataques em apoio ao Hamas desde o início do conflito em Gaza.

Atuando principalmente no Mar Vermelho, os alvos principais do grupo iemenita, que controla parte do Iêmen há 10 anos, são embarcações com bandeiras de países que apoiam Israel na guerra.

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O grupo passou a se armar a partir de 2004, ano de sua primeira insurgência
Desde 2014, os Houthis controlam boa parte do Iêmen
A estimativa é de que o grupo conte com cerca de 20 mil soldados
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Os Houthis foram criados nos anos 1990

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O grupo passou a se armar a partir de 2004, ano de sua primeira insurgência

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Desde 2014, os Houthis controlam boa parte do Iêmen

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A estimativa é de que o grupo conte com cerca de 20 mil soldados

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Em julho deste ano, as ações dos Houthis fizeram com que Israel atacasse posições do grupo no Iêmen pela primeira vez.

A última onda de agressões entre os dois lados aconteceu em setembro. Enquanto os Houthis lançaram um míssil supersônico contra o território de Israel, as forças israelenses bombardearam estruturas do grupo no Iêmen.

Grupos no Iraque e Síria

Envolvidos em menor escala no conflito, Síria e Iraque também já viram os resquícios da guerra na Faixa de Gaza respingarem em seus territórios.

Liderada por Bashar al Assad, a Síria é um aliado histórico do Irã, e desde o início do conflito em Gaza tem sido alvo de ataques israelenses.

Já no Iraque, a Resistência Islâmica do Iraque reivindicou diversos ações contra o território de Israel, além de ter atacado bases dos EUA no país.

Em resposta, o governo de Benjamin Netanyahu já realizou ações militares contra os dois países. A última delas aconteceu na madrugada dessa terça-feira (1º/10), quando Israel atacou a Síria e matou três civis, incluindo uma jornalista.

Escalada regional

Analistas ouvidos pelo Metrópoles apontam que os próximos passos militares de Israel e Irã serão determinantes para o futuro da região.

“Eu acho que essa última resposta do Irã ao ataque do Líbano bombardeando Israel vai causar consequências. E é preciso observar como elas serão recebidas internacionalmente”, afirma o analista de política internacional Vito Villar.

Além disso, especialistas alertam que um conflito regional entre importantes atores do Oriente Médio pode arrastar potências mundiais para o caso.

“Se um conflito de larga escala eclodir entre potências regionais – como Israel, Irã e Arábia Saudita –, as alianças internacionais poderiam rapidamente transformar esse embate em algo muito maior. A Otan, que tem compromisso de defesa mútua entre seus membros, poderia ser forçada a intervir em caso de ataques diretos ou de ameaças graves a seus interesses ou aliados. Da mesma forma, a Rússia, com fortes laços com o Irã e a Síria, e a China, buscando proteger suas rotas de abastecimento de petróleo, poderiam ser levadas a tomar posições mais agressivas”, explica o cientista político Eduardo Galvão.

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