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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão interna e externa para assinar um acordo de cessar-fogo com o grupo Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, mas as forças israelenses continuam a bombardear a localidade.
Bombardeios israelenses atingiram vários setores da Faixa de Gaza, neste domingo (2/6), incluindo a cidade de Rafah (sul), na fronteira com o Egito. Israel ignora, por enquanto, o apelo urgente lançado no sábado (1°/6) pelos mediadores internacionais do conflito – Catar, Egito e Estados Unidos –, para que as partes “finalizem” um acordo de cessar-fogo, após oito meses de guerra.
Netanyahu e os ministros de extrema direita de seu governo se opõem ao projeto de paz apresentado pelo presidente americano, Joe Biden.
Nas últimas 24 horas, 60 pessoas morreram na ofensiva israelense em Gaza, elevando para 36.439 o número de mortos no território palestino desde o início da guerra, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza. O conflito se iniciou com um ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel.
Apesar dos protestos da comunidade internacional, o Exército israelense dá continuidade à ofensiva lançada em 7 de maio em Rafah, com o objetivo de destruir os últimos batalhões do Hamas. Nas últimas semanas, cerca de um milhão de palestinos fugiram dessa cidade, que se tornou o epicentro da guerra.
No norte de Gaza, três palestinos morreram, incluindo uma criança, num bombardeio que destruiu a casa onde estavam no bairro de Al-Darraj, segundo uma fonte hospitalar. No centro, os setores de Deir al-Balah, Bureij e Nousseirat foram alvo de ataques.
EUA tenta negociar um acordo de paz para Gaza
Na sexta-feira (31/5), Biden anunciou um plano proposto a ele por Israel que visa alcançar uma trégua permanente e apelou para o Hamas aceitar a proposta. O roteiro, em três etapas, inclui na primeira fase um cessar-fogo de seis semanas, a retirada das tropas israelenses “de todas as áreas densamente povoadas de Gaza” e a libertação de alguns reféns – mulheres e doentes – sequestrados pelo Hamas.
A segunda etapa prevê o fim “permanente” das hostilidades e a libertação de todos os reféns. A reconstrução da Faixa de Gaza ocorreria numa terceira e última etapa. Os contornos da segunda etapa do plano serão negociados durante o cessar-fogo, segundo Biden.
Mas Netanyahu insistiu, no sábado, que um cessar-fogo e o fim da guerra em Gaza estão condicionados à “destruição do Hamas” e à “libertação de todos os reféns”. O plano explicitou as divisões internas no gabinete do chefe de governo.
Veja imagens do ataque de Israel a Rafah em 26/5
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