Israel diz que Gaza não terá energia e água até Hamas entregar reféns
Faixa de Gaza está sem energia, água e combustível fornecido por Israel. Acredita-se que Hamas tem entre 100 e 150 reféns
atualizado
Compartilhar notícia
No sexto dia seguido de conflito no Oriente Médio, o ministro de Energia de Israel, Israel Katz, afirmou que não haverá retorno da eletricidade ou de água até a recuperação dos reféns. “Ajuda humanitária em Gaza? Nenhuma energia será religada, nenhum hidrante de água será aberto, e não entrará combustível nenhum até que os reféns israelenses sejam entregues em casa”, assegurou.
Katz ainda se exaltou nas redes sociais, dando a entender que a troca é justa e humana, mas ressaltou que outras populações não podem moralizar a situação: “Humanidade por humanidade. E ninguém nos pregará moralidade nenhuma”, ainda criticou Katz.
Estima-se que entre 100 a 150 reféns estejam sob poderio do grupo Hamas, de acordo com o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan. As autoridades israelenses já começaram a notificar as famílias dos cativos e há, ainda, a hipótese de reféns brasileiros em meio ao grupo.
Reféns em Israel
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, ainda não tem a confirmação diplomática por parte de Israel, apesar do porta-voz israelense Jonathan Conricus afirmar que haveria relatos, entre os militares, de reféns de países como Argentina, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Ucrânia.
O grupo Hamas havia dito que mataria um refém a cada contraofensiva de Israel. Até a última segunda-feira (9/10), quatro reféns já haviam sido mortos, por conta dos ataques aéreos de Israel.
“Qualquer ataque a civis inocentes, sem aviso prévio, será enfrentado com pesar pela execução de um dos cativos sob nossa custódia, e seremos forçados a transmitir esta execução”, afirmou o grupo na última terça-feira (10/10).
O número de mortos no conflito entre Israel e o grupo Hamas subiu para 2,2 mil na última quarta-feira (11/10). O governo brasileiro busca rotas alternativas para a repatriação de cerca de 50 brasileiros que estariam na Faixa de Gaza. Há, ainda, a confirmação da morte de nove jornalistas na região – que, se tiverem credenciamento de correspondentes de guerra, pode acarretar em uma confirmação de crime de guerra.
O Brasil ainda tenta repatriar brasileiros que estão em meio ao conflito na Faixa de Gaza, e que solicitaram por repatriação. Contudo, Israel bombardeou uma das passagens pelas quais essas pessoas teriam acesso ao Egito via terra. Assim, o Brasil foi obrigado a remanejar essas pessoas para um local seguro e solicitar que o país não atacasse ali.
Na última quarta-feira (11/10), o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o Brasil é o primeiro país a fazer a repatriação em território israelense. Ele também destacou os esforços e as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no objetivo de não deixar nenhum brasileiro para trás. “[Lula] Tem orientado para que não fique nenhum brasileiro, e para que possamos apresentar condições a todos que desejam voltar”, afirmou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que, diante da guerra no Oriente Médio, que o conselho “se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”.