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Israel fecha embaixada em Dublin após apoio da Irlanda à Palestina

O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, descreveu a decisão de Israel como “profundamente lamentável”

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles - Foto: Spencer Platt/Getty Images

O Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou nesse domingo (15/12) que estava fechando sua embaixada na Irlanda, citando as “políticas anti-israelenses extremas” do governo de Dublin, o que estressou ainda mais as relações já tensas entre as duas nações.

Os laços diplomáticos entre a Irlanda e Israel se deterioraram após medidas que incluíram o reconhecimento pela Irlanda de um Estado Palestino e o apoio a uma causa na justiça internacional que acusa Israel de “genocídio” em Gaza.

O embaixador israelense em Dublin retornou para Israel após a decisão tomada pela Irlanda, em maio, de reconhecer a Palestina como um Estado soberano e independente, explicou o chanceler israelense Gideon Saar. Na semana passada, Dublin anunciou seu apoio à ação legal movida pela África do Sul contra Israel perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o Estado hebreu de genocídio no território palestino em guerra.

O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, descreveu a decisão de Israel como “profundamente lamentável”. “Rejeito totalmente a afirmação de que a Irlanda é anti-Israel. A Irlanda apoia a paz, os direitos humanos e o direito internacional”, disse ele em uma mensagem publicada na rede X.

“A Irlanda quer uma solução de dois estados e quer que Israel e a Palestina vivam em paz e segurança. A Irlanda sempre defenderá os direitos humanos e o direito internacional”, continuou.

A Irlanda também tem estado entre os críticos mais francos da resposta de Israel aos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em Gaza.

“As ações e a retórica antissemita usadas pela Irlanda contra Israel estão enraizadas na deslegitimação e demonização do Estado judeu, juntamente com padrões duplos”, acrescentou o ministro israelense das Relações Exteriores em seu comunicado. “A Irlanda ultrapassou todas as linhas vermelhas em suas relações com Israel”, completou o chanceler Gideon Saar.

Mandado de prisão contra Netanyahu

Em novembro, o primeiro-ministro irlandês disse que as autoridades do país deteriam o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto em destaque), se ele viajasse para a Irlanda depois que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra ele.

O TPI emitiu mandados de detenção contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, “por crimes contra a humanidade e crimes de guerra” cometidos entre 8 de outubro de 2023 e 20 de maio deste ano na Faixa de Gaza.

Israel quer aliados “em outros países”

Saar disse que Israel se empenhará na construção de laços com outros países e anunciou, neste domingo, a abertura de uma embaixada na Moldávia.

“Ajustaremos a rede diplomática de missões de Israel, dando o devido peso, entre outros fatores, às posições e ações de vários países em relação a Israel na arena diplomática”, disse ele.

Em maio, Dublin disse que reconhecia a Palestina como “um estado soberano e independente”, que compreende a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, e concordou em estabelecer relações diplomáticas completas.

A Espanha e a Noruega reconheceram um Estado Palestino no mesmo dia, e a Eslovênia fez o mesmo uma semana depois, atraindo represálias de Israel.

Em novembro, Dublin aceitou a nomeação de um embaixador palestino pleno pela primeira vez.

Leia mais reportagens como essa no RFI, parceiro do Metrópoles.

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